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Transformação digital veio para ficar

A transformação digital pode ser um processo complexo e longo.

20 de outubro de 2022 13:04
por:

Melhorar a vida das pessoas e transformar as cidades: este é o propósito do ICI – Instituto das Cidades Inteligentes, organização que atua ...

*Por Francielle Regeane Vieira Saviski

O uso eficiente e ético de dados durante a pandemia de coronavírus não apenas salvou vidas, mas também demonstrou a necessidade da administração pública em fornecer serviços digitais mais robustos ao público. O aumento das precauções de saúde, como o distanciamento social, serviu de catalisador para que municípios operassem de maneira remota, criando uma mudança de paradigma digital.


O tempo de resposta do poder público foi impulsionado pela necessidade da transformação digital, que envolve o uso de tecnologias digitais para mudar um processo de negócio, tornando-o mais eficiente ou eficaz. A ideia é usar a tecnologia não apenas para replicar um serviço existente de forma digital, mas para transformar esse serviço em algo significativamente melhor. Como, por exemplo, automatizar processos até então manuais, promovendo mais colaboração.


Parece simples, mas a transformação digital pode ser um processo complexo e longo. Para transformar digitalmente e com sucesso os serviços prestados pela administração pública, é preciso muito esforço. É imprescindível que os gestores no setor público tenham a orientação adequada, para que as tentativas de modernização não sejam insuficientes. A liderança precisa fazer parte da estratégia geral, garantindo que todos que trabalham na administração entendam e estejam envolvidos nesses projetos.


Cada definição de transformação digital é diferente, dependendo do setor e do projeto específico. Mas os principais componentes provavelmente incluirão repensar os modelos de negócios, mudar a tecnologia utilizada, inovar a experiência do cidadão e também, potencialmente, redefinir a cultura da administração pública.


Há quem não se convença dos benefícios positivos da transformação digital, porém o poder da digitalização conquistou muitos céticos durante a pandemia do coronavírus. Quando o bloqueio e o distanciamento social começaram, foi a transformação digital e as empresas de tecnologia que ajudaram a administração pública e as empresas a continuarem funcionando dentro do possível em condições muito desafiadoras. Profissionais de TI tiveram que criar soluções de tecnologia para os desafios, literalmente, da noite para o dia.


O consenso dos especialistas do setor é que o impulsionamento da transformação digital ajudou a mudar a percepção da TI para sempre . Em vez de ser vista principalmente como um serviço para outras funções, como vendas, suporte e finanças, a tecnologia da informação agora é reconhecida como um fator crítico para o sucesso dos negócios no longo prazo.


Mas, afinal, passada a pior fase da pandemia, quais tendências de transformação digital precisamos observar? Segundo o Gartner, as tendências atuais incluem Computação em nuvem, Dados e Inteligência Artificial, Automação, Experiência do cliente e Cibersegurança. Também podemos acrescentar alguns tópicos de tecnologias emergentes, o que inclui Metaverso, Blockchain e Moedas Digitais.


É importante ressaltar que a transformação digital nunca irá parar. Muitas pessoas cometem o erro de pensar na transformação digital como um projeto discreto e único. A verdadeira transformação é uma jornada, não um destino.


A forma de transformação digital continua a evoluir, o que significa que os profissionais de TI e seus pares de negócios devem construir uma estratégia sustentável para a mudança, além de se manter em constante aprendizado para responder a esses desafios.


E não podemos deixar de reforçar que não se trata apenas de tecnologia: mudar os processos de negócios e a cultura da administração pública são igualmente vitais para o sucesso dessas iniciativas. Os projetos de transformação digital costumam ser uma maneira dos municípios reformularem seus processos a fim de melhorar a prestação dos serviços públicos, atendendo os anseios dos cidadãos, cujas práticas são cada vez mais digitais.

*Francielle Regeane Vieira Saviski é coordenadora de Inovação no Instituto das Cidades Inteligentes (ICI)

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