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Employee Experience: o caminho para engajamento e resultados sustentáveis

Artigo escrito por Marilise Gois

28 de fevereiro de 2025 08:30
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*Por Marilise Gois

A 4ª Revolução Industrial, associada às transformações demográficas e sociais, tem impulsionado mudanças aceleradas no mercado de trabalho, redefinindo processos e competências. Nesse cenário, as práticas de relação com o funcionário tornam-se estratégicas para promover inovação e competitividade.

Entre essas práticas, o Employee Experience (EX) surge como uma abordagem para alinhar as expectativas do colaborador e da organização, pois ela representa a soma de todas as interações e percepções de um colaborador ao longo de sua jornada na organização. Desde o recrutamento até a saída, o EX envolve fatores materiais e imateriais que moldam a vivência no trabalho, exigindo um novo mindset: colocar o colaborador no centro.

Então, investir em EX é essencial em um mercado que está se transformando. O relatório “Futuro do Emprego 2025”, do Fórum Econômico Mundial, prevê que 40% das habilidades essenciais mudarão até 2030, exigindo aprendizado contínuo e adaptação. Ao mesmo tempo, gerações Y e Z, que demandam flexibilidade e propósito, tornam o EX um fator crítico para atrair e reter talentos.

Outro fator é que o Brasil possui a maior taxa de turnover global, segundo dados da Robert Half e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) e substituir um colaborador pode custar até 200% de seu salário anual. Desta forma, estratégias de EX podem ajudar a mitigar esses custos ao reduzir a rotatividade e fortalecer o engajamento das equipes.

Pilares do Employee Experience

Para implementar uma estratégia de EX é essencial compreender os três pilares fundamentais apresentados por Jacob Morgan, uma autoridade de renome global em liderança, futuro do trabalho e experiência do colaborador. Segundo ele, os pilares são:

  • Espaço físico: influenciam o comportamento, podendo tornar o ambiente mais motivador e criativo;
  • Tecnologia: molda a forma como nos comunicamos, colaboramos e cumprimos nossas tarefas em uma organização;
  • Cultura organizacional: é como uma atmosfera que envolve todos os membros de uma organização de forma silenciosa, direcionando suas atitudes e sentimentos a respeito da empresa, bem como seu modo de agir e trabalhar.

Morgan também identifica nove níveis de maturidade no EX, variando de empresas inexperientes, sem qualquer investimento em EX, até organizações consolidadas, que alcançam excelência nos três pilares. Essa evolução exige esforços coordenados para mapear a jornada do colaborador e alinhar as ações organizacionais aos objetivos estratégicos.

O relatório “Futuro do Emprego 2025” destaca algumas das ações que contribuem para o EX, como:

  • Saúde e bem-estar: identificado como prioridade por 64% dos empregadores, o suporte à saúde mental e física é essencial para atrair talentos e aumentar a retenção;
  • Requalificação e qualificação: investir em treinamentos e programas de aprendizado prepara os colaboradores para novas demandas do mercado, ampliando a disponibilidade de talentos qualificados;
  • Promoção de talentos: melhorar as oportunidades de crescimento profissional é fundamental para criar um ambiente de desenvolvimento contínuo.

Portanto, investir em EX não é apenas uma vantagem competitiva, mas uma necessidade estratégica para enfrentar os desafios do mercado – e, para começar, não é difícil. Com mais de 10 anos de experiência em liderança, percebo que colocar o colaborador no centro começa por ouvi-lo ativamente e tratá-lo com respeito.

Quando o líder pratica estes valores, começa a traçar ações e estratégias para que o profissional tenha qualidade de vida no trabalho, fortalecendo o engajamento e criando um ambiente de mútua confiança. Então, o EX deixa de ser apenas um conceito e se torna uma prática que impulsiona resultados sustentáveis para a organização.

*Marilise Gois é graduada em Logística (UNINTER) e pós-graduanda em Gestão Empresarial pelo Instituto Federal do Paraná (IFPR). Atualmente trabalha como Coordenadora de Atendimento ao Cidadão da Central 156 Curitiba no Instituto das Cidades Inteligentes (ICI).

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