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O título deste artigo retrata o novo normal, onde o normal é o não normal. A tecnologia troca de lado, deixa de ser causa para virar efeito ou consequência. Em um momento, a tecnologia é responsável por alimentar a onda da disrupção, em um outro, passa a ser o salva vidas. Fatores externos, como a […]
O título deste artigo retrata o novo normal, onde o normal é o não normal. A tecnologia troca de lado, deixa de ser causa para virar efeito ou consequência. Em um momento, a tecnologia é responsável por alimentar a onda da disrupção, em um outro, passa a ser o salva vidas. Fatores externos, como a pandemia, tornam-se verdadeiros tsunamis, tirando mercados do nosso alcance e levando os negócios a capotarem. Mas, em qualquer situação, a tecnologia passou a desempenhar um papel fundamental para a sobrevivência dos negócios e foi, de vilã, transformada em heroína.
As “ondas exponenciais” passam a ser presentes, intensas e inesperadas, desfazem cadeias globais de valor, mudam hábitos e práticas de empresas e pessoas, e reforçam a necessidade premente de trabalhar sob a resiliência do digital. Fica claro distinguir os que estavam atentos às novas tecnologias e os que não estavam. Não há mais espaço para desatentos. Três tipos passam a existir: aqueles que se afogam, aqueles que capotam mas sobrevivem (como dizem: tomam um “caldo”), e os que surfam a onda. A pergunta é simples: qual deles você quer ser? A resposta é fácil, mas estar preparado para surfar a onda requer muita dedicação e experimento. Aprender com os erros e acertos de outros pode ser um dos caminhos. Um modelo recentemente muito procurado é o da inovação aberta, forma barata e de baixo risco, mesmo em segmentos tradicionais, em que inovar é também fator de sobrevivência, como alimentação, construção, financeiro entre outros.
O que mais pode acontecer? Difícil responder. Mas muitos especialistas dizem que precisamos mudar os nossos hábitos se queremos continuar vivendo neste planeta Terra. Em 2050, seremos 10 bilhões de pessoas, convivendo em apenas 20% do globo terrestre – parte habitável e produtiva. Segundo o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), o número ideal de habitantes que a terra conseguiria abrigar de forma sustentável seria entre 1,5 a 3 bilhões de pessoas. Hoje já existem diversas startups ao redor do mundo pesquisando como produzir carne animal em laboratório com base em célula tronco, outras desenvolvendo carne vegetal com o objetivo de reduzir drasticamente o impacto ambiental na produção animal. Agora, imagine um produtor de proteína animal, com milhões investidos em espaço e produção, quando em Singapura descobrem uma forma de produzir carne vegetal de frango e a base de célula tronco, de forma rápida, saborosa, nutritiva, sem impacto ambiental, sem necessidade de grandes galpões e etc… isso não está longe de acontecer nesta cidade-estado do continente asiático. E por uma razão muito simples: acabam de aprovar uma lei permitindo a produção de venda de carne a base de célula tronco .
Nessa busca frenética por inovar, estar preparado para surfar a onda, criar novas oportunidades, novas fontes de renda, novos modelos de negócio, como os inúmeros aplicativos conhecidos como gig economy que nos países da União Europeia geram renda para cerca de 1/3 da população, podemos encontrar um poderoso inimigo: a regulamentação. Com o poder de um tsunami, ela pode aniquilar modelos de negócios e milhares de novas oportunidades. A questão tributária é a pior das piores placas tectônicas, qualquer movimento sem o devido debate eleva ainda mais o risco de se fazer negócios no Brasil, onde até o passado é incerto. Certamente estaríamos na idade da pedra caso a mais de 5 mil anos fosse publicado uma lei proibindo as mais diversas aplicações do fogo e da roda devido seus potenciais riscos.
Ainda há um outro elemento extremamente importante para surfar a próxima onda: fator humano. Identificar e preparar as habilidades e competências necessárias torna-se vital. Conhecer novas tecnologias e tendências passou a ser fundamental para qualquer colaborador de qualquer empresa. Há empresas treinando todos os funcionários em inteligência artificial, assim eles podem contribuir para a melhoria de processos e novos modelos.
Para refletir mais sobre estes pontos e ajudar empresas a alcançarem a resiliência digital e surfar a próxima onda exponencial, a ABES promoveu em setembro, o ABES Conference 2021 ” Ondas Exponenciais, Resiliência Digital ” . Foram três dias de trocas de expectativas e experiências. No primeiro dia, o tema foi a resiliência digital. No segundo, o foco foi o ambiente de negócios e as transformações regulatórias necessárias para a economia digital. Finalmente, no terceiro dia, o destaque ficou para o protagonismo humano e a construção das competências necessárias para essa nova era. Convido a assistirem, todo o evento está disponível no cana da ABES no Youtube: https://www.youtube.com/c/ABESSoftware
Desenvolvido por: Leonardo Nascimento & Giuliano Saito