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Identidade digital interoperável como pilar das cidades inteligentes

Adoção de identidade digital é ferramenta ideal para colocar o cidadão no centro das cidades inteligentes

21 de junho de 2024 08:53
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Melhorar a vida das pessoas e transformar as cidades: este é o propósito do ICI – Instituto das Cidades Inteligentes, organização que atua ...

*Por Eduardo Ordine

A rápida evolução tecnológica tem tornado a capacidade de identificar indivíduos de maneira segura e eficiente um pilar fundamental para a integração e o funcionamento dos serviços públicos. Nesse contexto de transformação digital, a adoção de identidade digital interoperável passou a ser a ferramenta ideal para colocar o cidadão no centro do desenvolvimento sustentável das cidades inteligentes.
Em linhas gerais, interoperabilidade significa manter um único cadastro por cidadão, que pode ser utilizado e reconhecido por diferentes sistemas e plataformas, independentemente do fornecedor ou tecnologia. Ou seja, esse conceito é crucial para o funcionamento harmonioso de uma cidade inteligente, onde múltiplos serviços interagem constantemente para proporcionar uma experiência integrada e transparente.
A implementação de um sistema de identidade digital também apresenta uma série de benefícios, como a redução da burocracia e o acesso facilitado aos serviços públicos, melhorando a eficiência da administração municipal. Por exemplo, a autenticação biométrica por reconhecimento facial, impressão digital e/ou íris, elimina a necessidade de comprovação da identidade por meio de documentos físicos, reduzindo o risco de fraudes e aumentando a segurança das transações.
Além disso, uma identidade digital robusta promove a inclusão digital, garantindo que todos os cidadãos tenham oportunidade de acessar os serviços públicos essenciais, independentemente de sua localização ou condição socioeconômica. Para construir uma economia digital próspera e inclusiva, é crucial a participação plena de todos os indivíduos, tanto economicamente quanto socialmente.
Outra vantagem significativa é o estímulo à participação cívica. Com uma ferramenta de identidade digital segura, os cidadãos podem participar de consultas públicas, solicitar serviços e melhorias, agendar atendimentos, emitir documentos e acessar informações governamentais com maior facilidade e confiança, aumentando a transparência e fortalecendo a democracia.
Os benefícios são inúmeros, mas para garantir a eficácia da identidade digital, questões de privacidade e segurança também devem ser priorizadas. Desta forma, uma proteção rigorosa dos dados pessoais, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), é essencial para construir confiança no sistema unificador.

Outro ponto importante na implantação de uma solução deste porte está na alta disponibilidade do sistema de identificação, que passa a ser um ponto central de acesso a todos os serviços públicos, exigindo escalabilidade, alta disponibilidade e velocidade de acesso.
Atualmente, as análises de tendências mostram um movimento crescente em direção à integração de identidades digitais interoperáveis em diversos lugares ao redor do mundo. Iniciativas como a ID2020, que promove o uso de identidades digitais para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), é um exemplo claro de como esta tecnologia pode transformar a sociedade. Países como Estônia e Singapura já implementaram com sucesso sistemas de identidade digital, servindo como modelos globais.
Aqui no Brasil, notamos uma crescente preocupação com o tema, por meio de iniciativas federais como o sistema GOV.BR e a Carteira de Identidade Nacional (CIN), e municipais através da adoção de aplicações de identidade única em cidades como Curitiba (PR), São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG).
Por fim, conclui-se que a identidade digital interoperável é crucial para o desenvolvimento sustentável e eficiente das cidades inteligentes, pois ela permite interação segura e rápida dos cidadãos com os serviços públicos, promovendo a inclusão digital, fortalecendo a participação cívica, o desenvolvimento sustentável e impulsionando a economia digital. Para que esses benefícios sejam alcançados de maneira apropriada e plena, investimentos em tecnologias avançadas e políticas públicas robustas são essenciais, construindo assim uma sociedade mais conectada, inclusiva e preparada para os desafios futuros.

*Eduardo Ordine é coordenador de projetos de software no Instituto das Cidades
Inteligentes (ICI). Certificado PMP®, MCP e PSM. Bacharel em Sistemas de Informação,
pós-graduado em Computação em Nuvem e MBA em Gestão de Projetos, todos pela
PUCPR. É Top Project Management Voice no LinkedIn.

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