Publicidade

A nova fronteira da cibersegurança: desafios, regulação e papel do Estado

Desafios são complexos e multifacetados

14 de junho de 2024 14:08
por:

...

*Por Gerino Xavier

A cibersegurança emergiu como um dos pilares mais críticos para a estabilidade e o desenvolvimento econômico e social no mundo contemporâneo. No Brasil, a crescente digitalização e interconectividade das nossas infraestruturas essenciais, do setor público e da vida privada, têm ressaltado a urgência de discutirmos amplamente os desafios e as oportunidades nesse campo.

Os desafios regulatórios de cibersegurança no Brasil são complexos e multifacetados. À medida que a tecnologia avança, nossas legislações precisam acompanhar essa evolução para garantir a proteção adequada contra ameaças cibernéticas. A ausência de regulamentações claras e específicas pode deixar lacunas que comprometem a segurança de dados sensíveis, afetando tanto o setor privado quanto o público. Portanto, é imperativo que trabalhemos em um marco regulatório robusto que promova a segurança cibernética sem sufocar a inovação tecnológica.

O estado atual da cibersegurança no Brasil apresenta tanto avanços quanto desafios. Por um lado, temos visto um aumento significativo nos investimentos em segurança cibernética e na conscientização sobre o tema. Por outro, ainda enfrentamos vulnerabilidades críticas que podem ser exploradas por agentes mal-intencionados. A integração de soluções tecnológicas avançadas, aliada à formação contínua de profissionais qualificados, é essencial para fortalecer nossas defesas cibernéticas e garantir a proteção de nossas infraestruturas digitais.

A participação do Estado na cibersegurança é crucial para a criação de um ambiente digital seguro. O governo tem o papel de estabelecer políticas públicas, coordenar ações de resposta a incidentes e promover a cooperação entre diferentes setores. A criação de comitês e órgãos especializados, como o CNCIBER (Comitê Nacional de Cibersegurança), é um passo importante nessa direção. O sucesso do CNCIBER dependerá de seu efetivo funcionamento, da capacidade de articular e coordenar as ações dos diversos setores da sociedade e da transparência em suas ações. Nós, como representantes das empresas, estamos atentos e queremos participar cada vez mais, contribuindo com nossa expertise e recursos para fortalecer a cibersegurança no país.

A discussão sobre cibersegurança no Brasil não é apenas necessária, é urgente. A interconexão global e a velocidade das inovações tecnológicas demandam uma abordagem proativa e colaborativa. Precisamos de regulamentações eficazes, tecnologias avançadas, profissionais capacitados e um Estado atuante para construir um ecossistema digital seguro e resiliente. A Fenainfo está comprometida em liderar esses debates e buscar soluções que assegurem a proteção e o crescimento sustentável de nossa economia digital.

*Gerino Xavier é presidente da Federação Nacional das Empresas de Tecnologia, Fenainfo

Publicidade

Desenvolvido por: Leonardo Nascimento & Giuliano Saito