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A nova era da IA será a da eficiência energética

Acredita-se que a eletricidade consumida por data centers será de 1 mil terawatts/hora

26 de junho de 2024 14:32
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Maria Luiza Reis é uma engenheira mecânica e PhD em Engenharia Nuclear, cuja carreira em tecnologia começou cedo e se destacou por sua contrib...

Como assim: “A nova era da IA será a da eficiência energética”?


Parece até que não tenho lido jornais ultimamente, pois só se fala que a inteligência artificial tem um potencial de consumo energético nunca visto antes. Na verdade, acredita-se que nos próximos anos, a eletricidade consumida por data centers será da ordem de 1 mil terawatts/hora, o equivalente ao consumo anual de Japão.


Então, se o consumo de eletricidade para alimentar a Inteligência Artificial é tão grande, por que a eficiência energética será a tendência para IA? Exatamente porque não será possível manter esse processo de gastos energético por muito tempo.


O mundo já passou por várias crises de energia e sabe como é difícil economizar e gerar a partir de novas fontes. As melhores soluções até então foram criar novas formas de usar o que usavam antes com menos consumo de energia.


Vamos para um exemplo que todos conhecem. A lâmpada de led. Na verdade, o princípio do led foi descoberto no século retrasado, mas a sua adoção na iluminação e nas telas de projeção revolucionaram o mundo há poucos anos.


Hoje em dia, o consumo de energia por causa da iluminação pública, de monumentos, das residências e empresas, não é um décimo do que era consumido pela iluminação tradicional.


Com esse ganho, foi possível iluminar mais e mais barato, desenvolvendo mercados que seriam inimagináveis antes, como iluminação por energia solar, por exemplo.


Não foi somente a energia solar que ficou mais acessível, o consumo também, dando oportunidade de uso da energia sustentável.


E o que a inteligência artificial tem a ver com isso? Com a revolução provocada pelo chatGPT, o mundo está fazendo um processamento desenfreado de informações sem preocupação com economia, mas certamente o próximo desafio é a eficiência.


A nova geração de algoritmos deve ter como foco a maior eficiência do processamento e, consequentemente, o gasto energético.


Cientistas e empresários já estão com olhares para esse assunto. É só esperar por uma segunda revolução.

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