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IA: A Chance de Escalar Sua PME

Se você é sócio, gestor ou empresário de uma PME, vale uma reflexão urgente

5 de agosto de 2025 08:39
por:

Carlos Nascimento tem experiência no mercado de Serviços e Soluções de TI, direção de empresas, Gestão de TI, Consultoria, Gestão de Proj...

A Inteligência Artificial deixou de ser promessa futurista e já está transformando negócios, empregos e mercados. E não é pouco. Segundo o Fórum Econômico Mundial, 85 milhões de postos de trabalho serão extintos até o fim de 2025, em razão da automação e do uso crescente da IA. Por outro lado, surgirão 97 milhões de novas vagas, focadas em funções que exigem alta qualificação, como ciência de dados, cibersegurança e desenvolvimento de software.

Perde quem não se adapta. Ganha quem entende a lógica da transformação.

O problema? A desigualdade tende a se agravar — tanto entre países quanto entre empresas. Enquanto algumas surfam essa onda, outras simplesmente ficam para trás. Dados da McKinsey mostram que 14% da força de trabalho global deverá migrar para outras ocupações até 2030. Nos países emergentes, como o Brasil, onde a informalidade é alta e o acesso à educação técnica ainda é limitado, o risco de exclusão é maior.

O alerta vale para todos os setores. As empresas que não entenderem o que fazer, como fazer e — talvez mais importante — quando fazer sua transformação digital, correm sério risco de perder relevância, mercado e sustentabilidade.

Governança: A Linha que Separa a Oportunidade do Risco

Adotar IA não é sobre “comprar tecnologia”. É sobre implementar com método, responsabilidade e visão de futuro.

O Brasil já percebeu isso. O Marco Legal da Inteligência Artificial (PL 2.338/2023), aprovado no Senado, está prestes a ser votado na Câmara dos Deputados, com convocação de uma audiência pública no dia 06 de agosto. A nova legislação classifica os sistemas de IA pelo nível de risco aos direitos fundamentais e impõe requisitos específicos para IA generativa e de uso geral.

Sabe o que isso significa? Que muito em breve, compliance digital, governança de IA, gestão de riscos e responsabilidade ética não serão mais “boas práticas corporativas”. Serão lei.

Transformação Digital com os Pés no Chão

O primeiro mito que precisamos derrubar é: “IA é só para grandes empresas.”

Não é. Nunca foi. E agora, menos ainda.

A IA já está acessível para PMEs. Basta que seja adotada conforme a realidade, os recursos e as necessidades de cada negócio. Pequenas empresas podem, sim, automatizar processos, melhorar atendimento, reduzir custos e tomar decisões baseadas em dados — de forma viável, escalável e responsável.

E aqui vai um ponto provocativo: a IA não é apenas uma ferramenta para sobreviver. Ela é, sim, uma alavanca que pode transformar uma PME em uma grande empresa.

Quando bem aplicada, a IA permite que o negócio:

  • Reduza custos fixos, ao substituir tarefas operacionais por automação.
  • Dilua os custos variáveis proporcionalmente, à medida que aumenta a produtividade sem precisar crescer na mesma proporção em equipe, espaço físico ou estrutura.
  • Aumente exponencialmente a capacidade operacional e de atendimento, sem o mesmo peso estrutural que o crescimento tradicional exigiria.
  • Escale seus resultados, mantendo estrutura enxuta e altamente eficiente.

Por isso, a IA não é só uma exigência de mercado — é, também, o caminho mais rápido e sustentável para o crescimento e a perpetuidade do negócio.

E esse movimento não pode mais ser adiado. Só em 2024, o Brasil registrou 2,8 milhões de novas empresas abertas — um número recorde. Por outro lado, mais de 2 milhões de empresas fecharam as portas apenas em 2023.

Boa parte dos fechamentos está ligada à falta de planejamento, ausência de inovação e dificuldade em se adaptar às exigências de mercado, que hoje passam, inevitavelmente, pela transformação digital.

Requisitos básicos para uma transformação digital saudável:

  • Governança efetiva: quem decide, quem controla, quem responde.
  • Compliance e responsabilidade legal: aderência à LGPD, ao Marco da IA e às boas práticas digitais.
  • Segurança da informação e proteção de dados.
  • Transparência e ética no uso dos algoritmos.
  • Foco real em produtividade e inovação, dentro da capacidade da empresa.
  • Gestão contínua dos riscos associados à IA.

E Onde Entra o Conselho Consultivo Nessa História?

É no Conselho Consultivo que essa conversa começa — e se mantém viva. Afinal, transformação digital não é projeto de TI. É uma decisão estratégica.

O Conselho Consultivo tem a missão de:

  • Trazer visão externa, isenta e qualificada.
  • Auxiliar na construção da governança digital.
  • Definir diretrizes para inovação, produtividade e segurança.
  • Mitigar riscos jurídicos, operacionais e reputacionais.
  • Monitorar tendências, legislações e movimentos de mercado.

Empresas de qualquer porte — inclusive PMEs — podem (e deveriam) estruturar um Conselho Consultivo. Cada vez mais, ele é o diferencial entre quem vai se perpetuar no mercado e quem ficará pelo caminho.

Inovação Não É Mais Uma Escolha. É Sobre Perpetuidade.

O governo brasileiro acaba de anunciar que elevou a projeção do PIB de 2025 para 2,5%. Enquanto isso, os investimentos públicos e privados em IA, automação e transformação digital aceleram.

A economia gira mais rápido. O mercado exige mais velocidade, mais produtividade e mais responsabilidade. E a IA não é mais uma vantagem competitiva. É um requisito de sobrevivência.

Se você acha que isso é “coisa de grande empresa”, vale lembrar: o próprio Fórum Econômico Mundial afirma que as empresas que não investirem em IA, automação e qualificação perderão competitividade já nos próximos dois anos.

Reflexão Final

Sua empresa está no grupo que vai liderar essa transformação? Ou no grupo que vai assistir os outros avançarem — e, lá na frente, se perguntar: “Será que eu subestimei a velocidade dessa transformação?”

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