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Captação de Investimentos: O empurrão que sua PME precisa

Não basta ter potencial, tem que inspirar confiança

5 de setembro de 2025 09:41
por:

Carlos Nascimento tem experiência no mercado de Serviços e Soluções de TI, direção de empresas, Gestão de TI, Consultoria, Gestão de Proj...

No último 3 de julho de 2025, entrou em vigor o regime “Fácil” da CVM, que simplifica o processo para pequenas e médias empresas com receita de até R$ 500 milhões realizarem ofertas públicas de ações ou dívidas. Menos burocracia, mais velocidade, e um sinal claro de que o mercado de capitais está se abrindo para as PMEs brasileiras.

A pergunta que fica é: a sua empresa está preparada para aproveitar esse movimento?

O cenário real: exclusão e oportunidade

Ainda que representem mais de 90% das empresas no Brasil, as PMEs enfrentam uma espécie de “exclusão silenciosa” do sistema financeiro tradicional. Exigências desproporcionais, juros altos, garantias excessivas. Resultado: muitas recorrem ao capital próprio ou a soluções improvisadas.

Mas esse cenário está mudando. Investidores buscam novos caminhos e a tecnologia está derrubando barreiras.

Opções de captação que estão no radar hoje

Segundo especialistas, os caminhos mais relevantes são:

  • Investidor-anjo: dinheiro + mentoria e rede de contatos.
  • Venture Capital (VC): ideal para quem quer crescer rápido com acompanhamento estratégico.
  • Private Equity (PE): voltado a negócios maduros que precisam de expansão ou reestruturação.
  • Equity Crowdfunding: aporte rápido, digital e sem perder controle acionário.
  • Bootstrapping: financiamento com recursos próprios — maior autonomia, menor velocidade.
  • Aceleradoras e incubadoras: capital + conhecimento.
  • Peer-to-peer lending (P2P): via plataformas como Nexoos, que oferecem crédito com taxas até 70% menores que bancos tradicionais.
  • FIDCs: fundos de direitos creditórios, que captaram R$ 22,45 bilhões líquidos só em junho de 2025, acumulando patrimônio de R$ 687,39 bilhões

Ou seja: nunca houve tantas opções à mesa.

Inovação financeira em ação

Não são só as grandes que inovam. A fintech Delend, por exemplo, combina inteligência artificial, Open Finance e duplicatas eletrônicas para destravar crédito rápido e barato para PMEs. O recado é claro: quem souber se posicionar nesse ecossistema vai ter acesso a capital mais barato e mais ágil.

O papel invisível (mas decisivo) dos Conselhos

Mas captar não é apenas conseguir o dinheiro. É convencer o investidor de que sua empresa é digna dele. E aí entra o trunfo que muitos ainda subestimam: os Conselhos Consultivos.

Um Conselho bem estruturado ajuda a:

  • Preparar a empresa para processos de due diligence.
  • Definir a melhor estratégia de captação (equity, dívida, crowdfunding, fundo, fintech).
  • Apoiar na negociação de termos mais favoráveis.
  • Construir credibilidade junto ao mercado.

Conselhos não são “luxo de empresa grande” — são ferramentas práticas para qualquer negócio que queira se tornar investível.

Para onde vamos?

Se antes captar investimento era sinônimo de peregrinar por bancos, hoje o jogo virou. Crowdfunding, P2P, fintechs, fundos estruturados e até a CVM estão abrindo espaço para as PMEs.

Mas aqui está a provocação final: você está realmente pronto para receber esse capital?

Investimento traz dinheiro, mas também exige governança, estratégia e clareza de propósito. Não é apenas sobre captar, é sobre ser investível.

E aí, sócio: o que será mais desafiador — encontrar o investidor certo ou mostrar que sua empresa está preparada para crescer com ele?

A resposta pode estar no próximo passo que você der. Talvez seja hora de colocar um Conselho para trabalhar ao seu lado.

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Desenvolvido por: Leonardo Nascimento & Giuliano Saito