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Tive um aprendizado que mudou a minha vida, quase como uma fórmula de como fazer as coisas funcionarem
Era um final de tarde ensolarado e ameno do outono de 2014, na Ásia Oriental. Eu estava sentado em um ônibus, voltando de Daejeon, cidade na região central da Coreia do Sul, a caminho de Seul, quando tive um aprendizado que mudou a minha vida, quase como uma fórmula de como fazer as coisas funcionarem.
Cansado de um dia intenso de aprendizados, com aquele solzinho entrando pela janela do ônibus, olhava a paisagem no caminho e pensava como os coreanos conseguem ter uma visão tão uniforme sobre o seu futuro. Como era possível, após visitas com representantes de diversas organizações, todos apresentarem exata – mente a mesma visão? Isso me levou a uma série de reflexões sobre a importância da orquestração dos atores de um ecossistema de inovação para fazer com que ele prospere.
Com toda humildade, escrevo aqui que isso foi fundamental para o despertar da importância de que todas as lideranças se sentassem na mesma mesa e escrevessem o plano de futuro para Santa Catarina. Isso mudou nossa realidade e, nos quatro anos seguintes, crescemos o dobro do resto do Brasil no que tange à quantidade de empresas de tecnologia. No caso da Coreia do Sul, o país estava naquele momento completamente focado na visão da economia criativa. Agora, oito anos depois, é perceptível o sucesso deles nessa área. Todos os conjuntos musicais infanto juvenis, do tipo “Menudos”, são coreanos (K-pop). As novelas que o mundo assiste não são mais as brasileiras, mas, sim, as coreanas. Seus filmes são premiados mundialmente. As roupas, o estilo de se vestir, os comportamentos são ditados pela cultura coreana – pelo menos na Ásia.
Por que contar essa história? Para mostrar a todos que missões empresariais têm várias facetas e, provavelmente, nos surpreendem por vários motivos. Inicialmente, a lógica seria pensar que o que aprenderia na Coreia do Sul seriam suas metodologias de inovação, seu design, sua capacidade de fazer carros, televisores e celulares ou, ainda, como os parques tecnológicos e universidades foram importantes para o seu desenvolvimento. Nada disso foi o que me marcou, mas a sua forma de pensar e se organizar. Poderia aqui contar mais dezenas de histórias que vivi. Ou centenas de outras histórias de empresas, organizações e pessoas próximas a mim que fizeram a diferença e mudaram a sua realidade a partir das missões.
Em resumo, as missões empresariais são importantes para o processo de internacionalização de uma empresa, pois fornecem a oportunidade de explorar novos mercados, estabelecer contatos pessoais, aprender sobre a cultura empresarial e as práticas de negócios do país, identificar desafios e oportunidades específicas do mercado e fortalecer a imagem da marca da empresa, bem como ser uma excelente experiência de crescimento pessoal e profissional de quem participa.
Desenvolvido por: Leonardo Nascimento & Giuliano Saito