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O verso do Metaverso

As novidades do mundo tecnológico que saltavam aos olhos.

11 de julho de 2022 15:09
por:

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*Elys Tevania

Nos anos 80, precisamente no auge dos meus 11 anos, eu, cidadã das belíssimas terras da Paraíba, apreciava pela TV – aliás, os primeiros televisores com controle remoto sem fio, da tecnologia infravermelho, são dessa década -, as novidades do mundo tecnológico que saltavam aos olhos.

Lembro das propagandas do revolucionário Walkman Sony, da câmera Polaroid, do videocassete, do relógio com calculadora e do primeiro computador pessoal, o IBM 5150, que revolucionou a indústria da informática. Tudo isso no início dos anos 80! Com 11 anos de idade, presenciei o nascimento de todas essas maravilhas tecnológicas que ditaram regras no comportamento social.

Ainda fascinada com o que via na TV, não perdia um episódio de Os Jetsons, aquela família bacanérrima, high tech, que vivia no ano de 2062, em um lugar, ainda mais legal, chamado Orbit City. Sinceramente, eu achava tudo lindo, inacreditável e, para uma menina de 11 anos, era, para mim, um mundo lúdico. E só.

Há alguns meses, revendo o meu baú de recordações, com a curiosidade nata, resolvi pesquisar as previsões dos Jetsons. Foi surpreendente.

O desenho, criado em 1962 e relançado em 1985, perpassou gerações com seus episódios futurísticos, recheados da mais alta tecnologia, ao dispor da sociedade. Os Jetsons previram os smartwatches, as TVs com telas planas, as viagens para a Lua, as assistentes pessoais, e as chamadas de vídeo…

Ainda sobre as previsões tecnológicas que assisti na TV, lembro do fascinante De Volta Para o Futuro, de 1985, que previu casas “inteligentes”, uso de hologramas, drones, video games, biometria e óculos de realidade virtual. Quem diria!

Tudo isso, guardei na memória, como muita gente. À época, apenas ouvi dos meus pais que “eram coisas da TV que nunca seriam reais”, ou um sonoro: “filha, isso não vai acontecer”. Ledo engano.

Com o passar dos anos, a humanidade evoluiu ao passo da tecnologia. O filme e o desenho não estavam errados. Nós que subestimamos o nosso potencial de criar coisas inacreditáveis.

O homem e a tecnologia – nessa trajetória cibernética – se entrelaçam. É como a dança das mãos. É verso e poesia. Diante de tantas maravilhas que a tecnologia está nos proporcionando – criptomoedas, blockchain, bitcoin, exploração espacial, informação instantânea, na palma da mão, pelos potentes smartphones. Eis que surge, com força total, o Metaverso. Previsto, de forma indireta, nos óculos de realidade virtual do De Volta Para o Futuro. A palavra ‘metaverso’ surgiu, pela primeira vez, em 1992, no livro de ficção científica, Snow Crash. Mas, agora, ganhou força.

Confesso a vocês que fiquei maravilhada com essa nova tecnologia que promete revolucionar a forma como trabalhamos e nos relacionamos. Quem poderia imaginar que as realidades física e virtual se associariam? Essa nova rede que surge propõe simulações da vida, em tempo real e em 3D. Parece loucura? Mas, não é.

Já imaginei como seria o uso do Metaverso nas profissões e, logo pensei, no universo da contabilidade. Muitas dúvidas ainda persistem, mas grandes oportunidades aparecerão, a exemplo dos blockchains e sua constante evolução e, claro, como vamos prestar contas e declarar imposto no mundo virtual. Tudo isso, aos poucos, será esclarecido e adaptado.

A cada momento, são criadas comunidades virtuais. Pessoas estão migrando suas vidas, costumes e gostos para esses ambientes. Uma nova economia surge e a figura do contador para orientar esse novo mundo digital será essencial.

A Contabilidade já abraça a tecnologia e com o Metaverso temos o dever de oferecer nossos serviços para essa nova realidade que se apresenta. Estamos preparados para tudo isso? Acredito que sim. É como a dança das mãos. É verso e poesia. É o verso do Metaverso.

*Elys Tevania é economista, contadora e apaixonada por tecnologia

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