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Aproximação entre as entidades que representam o setor, empresas associadas e centros de inovação estão atraindo investimentos de grandes empresas Edição 62 ASSESPRO PE “Juntos somos mais”, o lema da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação -Assespro-PE traduz perfeitamente a atual situação do setor de TIC em Pernambuco. O entrosamento entre as entidades […]
Aproximação entre as entidades que representam o setor, empresas associadas e centros de inovação estão atraindo investimentos de grandes empresas
Edição 62
ASSESPRO PE
“Juntos somos mais”, o lema da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação -Assespro-PE traduz perfeitamente a atual situação do setor de TIC em Pernambuco. O entrosamento entre as entidades empresariais como a regional da Assespro, o Softex Recife, o Sindicato das Empresas de Processamento de Dados – Seprope nunca foi tão promissor. Esse clima parece ter se espalhado para as empresas associadas que estão participando cada vez mais das iniciativas da entidade e chegou à academia com a participação dos centros de inovação. O resultado: cluster local vem atraindo cada vez mais negócios de médio e grande porte.
A gigante multinacional Unilever, por exemplo, avalia aumentar sua presença dentro da região Nordeste. Mas, dessa vez, não será com a instalação de novas fábricas e sim com uma base de operações de Tecnologia da Informação. A novidade foi passada pelo diretor de tecnologia do Brasil e da América Latina na Unilever, Francis Castro, às entidades do polo de TIC de Pernambuco, durante visita na semana passada articulada pelo Softex Recife, Assespro-PE e Seprope. A unidade vai trabalhar em parceria com empresas e institutos de TI que fazem parte do ecossistema do Porto Digital, em Pernambuco.
“A gente quer ter presença com geração de projetos de tecnologia que saiam daqui [Pernambuco] e que possam ser levadas não só para a Unilever em outras unidades do Brasil, mas também da América Latina. A área de TI na Unilever é integrada. Então, podemos gerar tecnologia no Brasil e exportar para Europa, por exemplo. A gente quer trabalhar com o Porto [Digital] para estabelecer uma base aqui de operação de TI, não só de operação fabril”, revelou Castro.
A aproximação entre a multinacional e o cluster de tecnologia vem ocorrendo há cerca de um mês envolvendo os gestores da região. Mas, no início de dezembro, as conversas expandiram e uma comitiva com 34 representantes da Unilever, vindos de vários estados do Brasil, esteve presente no Recife. O grupo foi conhecer a infraestrutura, o ecossistema do polo e assistir a sessões de match compostas por seis Institutos de Tecnologia e Inovação (Cesar, CInove – UFPE, Fablab, FITec, IIT-UPE e o Instituto SENAI de Inovação para Tecnologias da Informação e Comunicação), além dos pitches compostas de 15 organizações.
União – De acordo com o presidente da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação Assespro-PE, Italo Nogueira, essa integração no cluster de TIC é , realmente, um grande diferencial que vem sendo construído . “Focamos na geração de negócios para as nossas empresas ao longo de 2017 quando realizamos vários eventos de match com potenciais grandes clientes. O evento com a Unilever consagra um trabalho coletivo e colaborativo. Nosso lema na Assespro é “Juntos somos mais”. Continuaremos atuando fortemente com esse objetivo nos próximos anos: unir oferta e demanda, trazendo um melhor ambiente para as nossas empresas e também gerando mais faturamento e empregos”.
Diferencial –Os executivos da gigante europeia também ressaltaram que, entre os diferenciais para escolha de Pernambuco, está o fato de existir um ecossistema efetivamente ativo e um alto grau de empreendedorismo.
“Em São Paulo e no Rio de Janeiro, temos startups, ideias inovadoras, grandes companhias. A diferença [em Pernambuco] está nessa interação, no ecossistema, onde se pode atuar com uma série de entidades, empresas, universidades. Isso é um diferencial no mundo de hoje”, completou o diretor de tecnologia da Unilever, Francis Castro.
Para as demandas das unidades locais, 31 soluções diferentes foram apresentadas à comitiva, segundo o SoftexRecife, que juntamente com a Assespro e Seprope tem conduzido o processo de aproximação da multinacional com o polo. “A ideia é que a multinacional – assim como outras grandes empresas dentro ou fora do estado – conheçam o potencial do nosso ecossistema e se torne consumidora de nossas soluções. O evento da Unilever foi um case e vamos seguir construindo oportunidades e gerando uma sinergia através de abordagens inovadoras, como ocorreu agora”, explicou o presidente do SoftexRecife, Alcides Pires.
Soluções pernambucanas podem ser adotadas em outros países
De acordo com o vice-presidente de Supply Chain na Unilever Brasil, Renato Miatello, que liderou a comitiva, a gigante europeia quer desenvolver projetos tecnológicos de forma mais rápida. “Fiquei bastante surpreso positivamente. Tem várias áreas de oportunidade que a gente precisa explorar [aqui]. Na Unilever, lançamos um programa de tecnologia interno em Supply chain, onde o objetivo principal é crescer em produtividade e manufatura; crescer produtividade e logística, em planejamento e todas as áreas de Supply. Para isso, a gente não vê outra maneira que não seja através de tecnologia. Então, a gente tem o problema e vocês [Polo de TIC] a solução. O casamento perfeito”, disse.
Miatello reforçou que a expectativa é aproveitar as soluções desenvolvidas em Pernambuco em todas as plantas onde houver oportunidades, inclusive em outros países da América Latina. A conexão com as fábricas do Nordeste já está bem avançada. Ao todo, essas unidades mapearam 16 necessidades que podem se reverter em oportunidades de negócios para o polo pernambucano. “A gente tem outras fábricas pelo Brasil, e América Latina. Então, se a gente conseguir desenvolver uma parceria bacana, com inovação acontecendo o tempo todo, eu vejo um mar de oportunidades para os dois lados”, avaliou.
Desenvolvido por: Leonardo Nascimento & Giuliano Saito