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Não é à toa que o setor das EdTechs foi um dos que mais cresceu este ano e ficou em quarto lugar no ranking das startups mais visadas
Não é à toa que o setor das EdTechs foi um dos que mais cresceu este ano e ficou em quarto lugar no ranking das startups mais visadas. A pandemia tornou urgente algo que já estava à caminho: a transformação da educação no Brasil. Não dá pra ignorar que o uso da tecnologia nas escolas proporciona diversos benefícios, como inclusão, acessibilidade e a obrigatoriedade do ensino à distância neste período nos fez enxergar diversas possibilidades.
Não podemos ignorar também, os problemas que envolvem a educação e foram escancarados pela pandemia. Se por um lado, o ensino online inclui estudantes em longas internações nos hospitais ou que tenham alguma dificuldade de aprendizado, por exemplo, por outro, ainda temos no Brasil, muitos problemas de acesso à internet. Pensando pelos dois lados, acredito que a tendência é que haja a ampliação da inclusão digital nos próximos anos, para que todos tenham acesso às tecnologias aplicadas ao setor da educação, tanto na rede pública, quanto na rede privada.
O relatório “Tecnologias Digitais Aplicadas à Educação Inclusiva”, fruto de uma pesquisa realizada pela Fundação Essl, mostra que o uso das tecnologias, em conjunto com um projeto político-pedagógico, que considere as individualidades de cada estudante, pode ser transformador. O estudo também conclui que, se as tecnologias refletem a capacidade de inovação do ser humano, seu acesso não pode ser limitado por barreiras sociais. A tecnologia gera tecnologia.
Como mencionei anteriormente, essa tendência já estava à caminho antes mesmo da pandemia de COVID-19. A disrupção do mercado de trabalho e a necessidade de formar alunos e profissionais mais qualificados tecnologicamente tornaram a inovação e a tecnologia inerentes ao ensino, especialmente na formação matemática desde a mais tenra idade. Além disso, os estudantes de 2021 são diferentes dos estudantes de 2015, por exemplo. O uso constante de instrumentos tecnológicos e plataformas digitais criou alunos muito mais exigentes e que têm melhor aderência aos processos de aprendizagem mais dinâmicos.
Obviamente, o papel do professor também mudou. Hoje é muito fácil ter acesso à uma informação. Isso faz com que, cada vez mais, o professor desempenhe o papel delíder e facilitador. Não faz sentido os professores se darem o trabalho de ensinar um determinado conteúdo, por exemplo, e, na hora da prova, ou no momento de produzir um trabalho, o aluno já não se lembrar mais, mas sabe que pode encontrá-lo facilmente com uma rápida pesquisa na internet. Essa é a realidade que ficou muito nítida com as aulas online durante a pandemia.
Para 2022 em diante, teremos que enxergar a tecnologia educacional como um investimento. Quando falo em investimento, não é somente financeiro, mas também de tempo e dedicação. De maneira prática, com o retorno ao presencial, não será possível deixar de lado todos os recursos com os quais os estudantes puderam contar durante o período de isolamento social.
Por Javier Arroyo, cofundador da Smartick – cofundador da Smartick, plataforma de ensino de matemática para crianças de 4 a 14 anos que conta com o uso da inteligência artificial.
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