Publicidade
O setor de software cresceu 30,2%, com investimentos de U$ 12,3 bilhões, em 2015 Edição 57 ABES O setor de software cresceu 30,2%, com investimentos de U$ 12,3 bilhões, em 2015. Esses dados da Pesquisa “Mercado Brasileiro de Software e Serviços” foram apresentados durante a conferência anual da ABES que reúne profissionais de tecnologia, empresários, […]
O setor de software cresceu 30,2%, com investimentos de U$ 12,3 bilhões, em 2015
Edição 57
ABES
O setor de software cresceu 30,2%, com investimentos de U$ 12,3 bilhões, em 2015. Esses dados da Pesquisa “Mercado Brasileiro de Software e Serviços” foram apresentados durante a conferência anual da ABES que reúne profissionais de tecnologia, empresários, representantes do poder público e entidades setoriais
Hoje, a ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) realizou, no WTC – Events Center, em São Paulo, a ABES Software Conference 2016com o tema “Mundo Digital – Desafios e Oportunidades de uma sociedade em transformação“. “A Conferência anual da ABES é um momento de debate e engajamento de empresários e profissionais do setor e também um encontro importante que nos ajuda a dar continuidade a este trabalho da associação que completa neste ano três décadas”, comenta Francisco Camargo, presidente da ABES.
O evento contou com a participação de profissionais de tecnologia, empresários, representantes do poder público, entidades setoriais, e trouxe debates e palestras com temas atuais e recorrentes sobre o mercado de Software e Serviços como: o Futuro do Setor; Desafios da Tributação; Inovação; Insegurança Jurídica; IoT, Segurança e Qualidade em Software. Além disso, foi apresentado o tradicional Estudo: Mercado Brasileiro de Software e Serviços.
Mercado Brasileiro de TI
Anselmo Gentile, diretor executivo da ABES, apresentou o resultado do estudo realizado anualmente com o IDC (International Data Corporation) sobre Mercado Brasileiro de Software e Serviços. A pesquisa apontou que os investimentos em Tecnologia da Informação no Brasil (incluindo hardware, software e serviços) tiveram um aumento de 9,2%, em relação a 2014, enquanto a média global de crescimento dos investimentos em TI foi de 5,6%. No mundo, os investimentos neste setor somaram US$ 2,2 trilhões em 2015.
TI na América Latina
Já no ranking de investimento no setor de TI na América Latina, o país se manteve em 1º lugar, com 45% dos investimentos da região, somando US$ 59,9 bilhões, seguido por México (20%) e Colômbia (8%). Ao todo, a região latino-americana soma US$ 133 bilhões. Responsável por quase metade dos investimentos em TI na região, o Brasil continua na liderança relevante na América Latina neste setor.
Ao fragmentar os investimentos por setor, o Mercado de Serviços de TI no Brasil cresceu 8,2%, em relação ao ano de 2014, com investimento de U$ 14,3 bilhões, e o de Software, que foi o responsável pelo aumento da média da taxa de crescimento de TI no ano passado, cresceu 30,2%, com investimentos de U$ 12,3 bilhões. Além disso, o Mercado de Hardware brasileiro bateu a marca de U$ 33,4 bilhões, representando um crescimento de 6,3%, o menor entre os três setores.
Considerando os investimentos em TIC (TI + Telecom), que cresceram 4,3% no ano passado, e somaram mais de US$ 3,7 trilhões, o Brasil perdeu uma posição, e agora aparece em 6º lugar, no ranking mundial, com investimentos de US$ 152 bilhões no ano de 2015. No entanto, ainda fica próximo a países que são destaques na economia mundial como Alemanha (5°) e Reino Unido (4°). Os Estados Unidos lideram também este ranking, seguidos pela China e pelo Japão.
No Mercado Mundial de Investimentos em Software e Serviços, que totalizou US$ 1,124 trilhão, o Brasil se coloca na 8ª posição, com US$ 27 bilhões, antecedido pelo Canadá (US$ 32 bi), China (US$ 34 bi), França (US$ 48 bi), Alemanha (US$ 67 bi), Japão (US$ 77 bi), Reino Unido (US$ 83 bi) e Estados Unidos (US$ 470 bi).
Considerando o território brasileiro, a região sudeste representa 60,44% da distribuição regional do Mercado Brasileiro de TI. As regiões Nordeste (10,72%) e Centro-Oeste (10,64%) seguem em segundo e terceiro lugar, respectivamente.
No ano de 2015, foram identificadas, aproximadamente, 13.950 empresas atuando no Mercado Brasileiro de Software e Serviços, sendo que quase metade delas (41,1%) são dedicadas à distribuição e comercialização desses recursos. As outras representam empresas de desenvolvimento e produção (31,6%) e prestação de serviços (27,3%).
As empresas dedicadas ao desenvolvimento e produção, no Brasil, totalizam 4.408 negócios e podem ser dividas por porte, sendo: Micro Empresas (45,62%), Pequenas Empresas (49,02%), Média Empresas (4,33%) e Grandes Empresas (1,03%).
Em relação à origem do software, a Produção Local foi responsável por US$ 2,73 bilhões (21,7%), um crescimento de 25,1% em relação ao ano anterior. O Software Desenvolvido no Exterior representou 76,3%; e a Produção Local para Exportação, 2%, um crescimento de 30,1%, em relação a 2014.
Já os Serviços ficaram divididos em “Serviços para o Mercado Local” (85,4%); “Produção Local sob Encomenda” (9,4%); “Desenvolvimento no Exterior” (0,65); e “Serviços para Exportação” (4,5%).
O setor de software brasileiro tem como principal segmentação os Aplicativos, com US$ 5,33 bilhões (42,3%) de participação. Os aplicativos citados no estudo incluem os pacotes de aplicativos para consumidores, aplicativos comerciais, aplicativos industriais e programas específicos para automação de processos industriais ou de negócios. O segmento “Ambientes de Desenvolvimento” representou 33,4% do mercado de software brasileiro; Infraestrutura e Segurança, 22,3%; um crescimento de 35,8%, em relação a 2014.
Considerando os valores relativos ao software de Produção Local, Desenvolvido no Exterior e Sob Encomenda, 25,5% do mercado doméstico de software são voltados para a vertical de Serviços e Telecom, um crescimento de 32,4% em relação ao ano passado; seguidos de 24,8% direcionados a Finanças; Indústria (21,7%); Comércio (11,1%); Governo (4,4%); Óleo e Gás (4,1%); Agroindústria (2%) e outros setores (6,3%).
A pesquisa aponta que a relação entre TI e a área de negócios das empresas irá se estreitar ainda mais, gerando a digitalização dos processos e integração das linhas de produção. O estudo aponta que 54% das médias e grandes empresas no Brasil irão realizar investimentos na chamada Transformação Digital (DX) em 2016.
Além disso, as vendas de dispositivos tecnológicos permanecerão em alta, apesar das quedas recentes. Estima-se que no Brasil sejam adquiridos, em 2016, 40 milhões de telefones móveis, 6 milhões de computadores e 5 milhões de tablets.
O levantamento ainda demonstra que, com a visibilidade da “Internet das Coisas” alcançada em 2015, o setor deve atingir US$ 4,1 bilhões só no Brasil, sendo que US$ 37 milhões correspondam apenas a dispositivos domésticos. Outro fenômeno que chama atenção é o aumento de transações financeiras realizadas via mobile: os valores devem superar 30% do total de pagamentos realizados em 2016.
O estudo aponta que a preocupação com segurança dos sistemas também crescerá pelo menos em 2% do orçamento total em TI. O desafio será encontrar o equilíbrio adequado entre a eficiência que a mobilidade traz para as empresas com um maior controle sobre a sua utilização. Em 2016, em torno de 50% das companhias irão restringir o uso de “BYOD” (Bring your own Device), e mais de 70% delas terão alguma maneira de controle das tarefas realizadas nesse contexto de mobilidade que caracteriza o século XXI.
Poucas tecnologias terão o crescimento que será experimentado por “Cloud Computing” ou solução em Nuvem: até o final da década, haverá crescimento de 20% por ano na adoção desse tipo de solução.
A busca pelo aumento dos lucros e pela diferenciação frente à concorrência, devido à atual crise econômica, gera maior interesse em engajamento por meio de “Mídias Sociais” e “Experiência do Usuário” (CX). Segundo a pesquisa da IDC, em 2016, uma em cada quatro empresas já terão dado início a projetos com esse foco.
A busca por eficiência nos negócios, produtividade e competitividade em empresas de todos os mercados da economia irá fazer com que a Tecnologia da Informação continue a ser um setor estratégico. A expectativa para 2016, apesar do cenário desafiador no Brasil, é a de que este segmento cresça 3,0% contra um crescimento médio mundial de 2,4%, e o de TIC aumente um pouco menos, algo em torno de 2,6%.
Para conferir o Estudo completo, acesse: http://central.abessoftware.com.br/Content/UploadedFiles/Arquivos/Dados%202011/ABES-Publicacao-Mercado-2016.pdf
Sobre a ABES
A ABES, Associação Brasileira das Empresas de Software, é a mais representativa entidade do setor com cerca de 1.600 empresas associadas ou conveniadas, distribuídas em 23 Estados brasileiros e no Distrito Federal, responsáveis pela geração de mais de 120 mil empregos diretos e um faturamento anual da ordem de US$ 20 bilhões por ano.
As empresas associadas à ABES representam 86% do faturamento do segmento de desenvolvimento e comercialização de software no Brasil e 33% do faturamento total do setor de TI, equivalente em 2015 a US$ 60 bilhões de vendas de software, serviços de TI e hardware.
Desde sua fundação, em 9 de setembro de 1986, a entidade exerce a missão de representação setorial nas áreas legislativa e tributária, na proposição e orientação de políticas voltadas ao fortalecimento da cadeia de valor da Indústria Brasileira de Software e Serviços – IBSS, na defesa da propriedade intelectual e combate à pirataria de softwares nacionais ou internacionais e no apoio às iniciativas de fomento à pesquisa, desenvolvimento, inovação e ao desenvolvimento do software nacional. Acesse o Portal ABES – www.abes.org.br ou fale com a nossa Central de Relacionamento: (11) 2161-2833.
Desenvolvido por: Leonardo Nascimento & Giuliano Saito