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Edição 64 ASSESPRO RS Na prestigiada série Billions, em cartaz na Netflix, candidatos a um importante cargo são recebidos com uma caixa de papelão desmontada. A tarefa é simples: montar a caixa e chamar o recrutador ao terminar. Muitos são rejeitados, até que um deles mata a charada: as partes da caixa são incompatíveis, não […]
Edição 64
ASSESPRO RS
Na prestigiada série Billions, em cartaz na Netflix, candidatos a um importante cargo são recebidos com uma caixa de papelão desmontada. A tarefa é simples: montar a caixa e chamar o recrutador ao terminar. Muitos são rejeitados, até que um deles mata a charada: as partes da caixa são incompatíveis, não podem ser montadas. O que os recrutadores esperavam era que os candidatos soubessem identificar a impossibilidade ou, com humildade, reconhecer que não conseguiam realizar a tarefa.
Novas formas de recrutamento surgem todos os dias no mundo de RH. Mais do que isso, a inovação invade as empresas com o desafio de manter os colaboradores engajados uns aos outros e ao propósito do trabalho. Foi por isso que, no último dia 17 de abril, o Grupo RHTI, da Assespro-RS, discutiu a cultura dos jogos no ambiente corporativo, tanto como ferramenta de recrutamento quanto artifício para estimular a colaboração, o engajamento e a sintonia de equipes. O case apresentado foi o da desenvolvedora de software DBServer.
Para explicar como os jogos são utilizados na cultura organizacional da empresa, participaram do evento Ana Hermann, desenvolvedora Java e .Net, Bruna Descovi, do time de RH, e Mariana Moura, responsável pela Área de Atração e Seleção na empresa. Segundo elas, na DBServer os jogos são utilizados para seleção, integração de novos colaboradores, formação de equipes, inclusão de PCDs, treinamentos e lazer.
A ferramenta é bastante usada para integrar as pessoas e alinhar todos ao propósito da empresa. “Como a DBServer possui mais de 500 colaboradores, com os jogos conseguimos, por exemplo, gerar a integração de pessoas que sequer se conhecem”, explicou Ana. Os jogos também são utilizados para criar um ambiente mais amigável e de diálogo aberto durante retrospectivas, quando o time envolvido em um projeto se reúne para avaliar um determinado projeto e comentar seus erros e acertos.
Ana desenvolve seus próprios jogos, como o BDD Warriors, utilizado na empresa para ajudar equipes a fixar conceitos de BDD (Behavior Driven Development), uma técnica de desenvolvimento ágil. Além disso, a DBServer faz adaptações de jogos consagrados em prol de maior inclusão, como para deficientes auditivos e visuais. “Em um dos casos, adaptamos um jogo para um deficiente auditivo criando uma regra na qual todos deveriam se comunicar apenas por gestos. Além da inclusão, conseguimos fazer com que mais pessoas participassem, já que, com o silêncio, aqueles momentos ficaram mais organizados”, contou Ana.
Com os jogos, de acordo com as palestrantes, as pessoas começam a pensar fora da caixa, desenvolvem empatia e se tornam mais criativas em seus projetos. Não se trata, segundo elas, de ter um ambiente de trabalho “descolado”, mas de utilizar os jogos com um propósito, que é o de fixar valores e habilidades na cultura organizacional da empresa. No caso do recrutamento, é uma ferramenta que auxilia na hora de buscar mindsets muito específicos nos candidatos.
Desenvolvido por: Leonardo Nascimento & Giuliano Saito