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‘Geração cripto’ da América Latina cresce em função da necessidade de meios alternativos de negócios e economia

O surgimento da criptomoeda na América Latina é consequência de um sistema bancário tradicional que permaneceu inacessível para grande parte da população, de acordo com André Silvestrini.

27 de maio de 2022 13:39

O surgimento da criptomoeda na América Latina é consequência de um sistema bancário tradicional que permaneceu inacessível para grande parte da população, de acordo com André Silvestrini, gerente de desenvolvimento de negócios no Brasil da Phemex.

 

Ao se apresentar em evento inaugural para clientes da empresa na região, na quinta (26/5), André explicou que o crescente volume de negócios da Phemex na região reflete o apetite da população e — em muitos casos — a necessidade de meios alternativos para negociar, economizar e trocar moedas. “Lançamos mais de 300 tokens na América Latina durante o último trimestre para diversos projetos e investimentos; isso é mais que o dobro do trimestre anterior. Esses lançamentos não representam apenas uma oportunidade de investimento, mas uma forma alternativa de financiamento dos negócios que, de outra forma, nunca se desenvolveriam ou, até mesmo, nem existiriam.”

 

“A realidade é que o sistema bancário latino-americano opera há muito tempo um quase monopólio, atendendo exclusivamente a um conjunto limitado de interesses e participantes estabelecidos. No Brasil, 80% dos depósitos estão concentrados nos cinco maiores bancos do país², por exemplo, enquanto outros mercados estão alarmantemente mal atendidos — no México, há um total de 51 bancos, na Colômbia apenas 25; para países com populações de 127 milhões e 51 milhões, respectivamente³! O resultado é um sistema bancário proibitivamente caro ou inacessível, justamente em um momento em que os níveis de autonomia financeira, trabalho flexível (muitas vezes em um contexto global) e necessidade/uso de moedas internacionais estão em ascensão.”

 

André explicou que, em muitos casos, as criptomoedas representam um hedge alternativo contra a depreciação da moeda tradicional. “E não estamos falando apenas da desvalorização das moedas regionais. No primeiro trimestre deste ano, por exemplo, o dólar caiu significativamente em várias moedas regionais, incluindo o real brasileiro (alta de 17,3% no primeiro trimestre de 2022 em relação ao dólar americano), o peso chileno (9.49%), o peso colombiano (8.25%) e o sol peruano (7.34%). Na verdade, alguns de nossos pares de negociação mais populares no último trimestre foram combinações de criptomoedas/US$, ajudando os traders a navegar e mitigar algumas dessas mudanças.”

 

André passou a descrever a adoção do comércio de criptomoedas na América Latina como parte de uma tendência socioeconômica muito mais profunda. “A ascensão das criptomoedas — e a chamada ‘geração cripto’ da América Latina — reflete uma recalibração fundamental da sociedade latino-americana. Primeiro, um estilo de vida alternativo mais flexível que agora está se tornando popular; uma tendência certamente reforçada pela pandemia e subsequentes restrições. Hoje, 21% dos latino-americanos se descrevem como freelancers, e a ideia de múltiplos fluxos de renda e em vários locais (entre o escritório e a casa) agora é considerada normal. Em segundo lugar, a incorporação da Web em todos os aspectos da vida cotidiana das pessoas; do trabalho e compras, à saúde e relacionamentos. Finalmente, uma crença genuína na economia compartilhada e seus benefícios para todas as partes; estamos vendo isso desde o uso de ativos compartilhados (como transporte e acomodação) até o uso do copy trading, onde os especialistas são incentivados a compartilhar seus conhecimentos em benefício de outros. Esta é a essência da geração cripto, uma tendência que está começando a redefinir — não apenas os mercados financeiros — mas a própria sociedade latino-americana”, concluiu.

 

O Webinar abordou todos os aspectos da economia criptográfica, desde carteiras e exchanges, até negociação e relacionamento das criptomoedas com o setor bancário tradicional.

 

Sobre Phemex

 

Lançada em 2019, a Phemex é uma plataforma de trading de criptomoedas e derivados com sede em Cingapura, liderada por ex-executivos do Morgan Stanley, atendendo cerca de 2 milhões de usuários ativos em mais de 200 países.

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