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Áreas de oportunidade para as startups do setor incluem qualidade, modernização da rede pública, acesso a recursos públicos e expansão internacional
Após o chamado “inverno das startups”, período de retração de investimentos em 2022 e 2023, causado pela alta de juros e pela queda nos aportes de risco em todo o mundo, o setor volta a dar sinais de recuperação e amadurecimento com novos investimentos. E as edtechs se posicionam na vanguarda dessa transformação: de acordo com o EdTech Report 2024 da plataforma Distrito, o Brasil reúne 905 startups de educação e concentra cerca de 80% dos investimentos realizados na região entre 2019 e 2023, somando aproximadamente US$ 620 milhões.
Para Danilo Yoneshige, CEO da Layers, startup que desenvolveu o SuperApp da Educação e integra todas as ferramentas de instituições de ensino em uma só interface, a posição de destaque não se traduz apenas em estatísticas: representa uma janela de oportunidades reais para impulsionar qualidade, equidade e impacto social na educação, tanto no setor público quanto no privado. “As edtechs brasileiras representam mais do que inovação tecnológica: elas já são parte estrutural da transformação da educação. O desafio agora é garantir que essa escala venha acompanhada de qualidade, conectando inclusão digital a impacto pedagógico real”.
Ainda segundo o relatório da Distrito, as oportunidades para edtechs no Brasil concentram-se em quatro frentes principais. A primeira é a recuperação da qualidade e da equidade no ensino: após a pandemia, mais de 70% dos alunos do ensino fundamental apresentaram atraso em leitura, segundo o Banco Mundial, o que cria espaço para tecnologias de diagnóstico, personalização de trilhas e acompanhamento em tempo real. Outro vetor é a digitalização do setor público, já que apenas 53% das escolas públicas tinham internet adequada em 2023 (Unesco/Cetic.br), impulsionando investimentos em infraestrutura, gestão moderna e soluções escaláveis.
Também se destaca a internacionalização, com o mercado latino-americano movimentando US$ 1,5 bilhão nos últimos cinco anos (HolonIQ) e a presença crescente de empresas brasileiras em países como México e Argentina. Por fim, o financiamento social e público tende a alavancar o setor, com iniciativas como o programa de US$ 400 milhões lançado em 2024 pelo BID para digitalização e inovação educacional na América Latina, reforçando o potencial de impacto e escala das edtechs.
Presente em mais de 9 mil instituições públicas e privadas e impactando 3,5 milhões de alunos, a Layers atua como plataforma integradora de gestão, comunicação e aprendizagem em um só ambiente. “O crescimento sustentado da empresa acompanha a maturidade do setor, que passa a valorizar soluções com modelo sólido, escalável e orientado a resultados”, explica Yoneshige.
Assessoria
Desenvolvido por: Leonardo Nascimento & Giuliano Saito