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Professor Marcio Mathias, especialista em telecomunicações da FEI, explica tecnologia de banda-larga da SpaceX e seu potencial impacto no mercado
Em fevereiro passado, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) autorizou o uso de internet banda larga via satélite da Starlink pelos consumidores brasileiros. Com licença válida até 2027, a subsidiária da SpaceX, companhia espacial do bilionário Elon Musk, poderá utilizar seus atuais 4.408 satélites não-geoestacionários de baixa órbita para ofertar mais uma opção de conexão no território nacional.
“Desde outubro de 2021 com operação comercial nos EUA, a Starlink tem como proposta possibilitar o acesso à internet em qualquer local do planeta apenas com uma antena. Esse serviço já é ofertado por outras operadoras globais, mas resta saber se será mais rápido e estável como anunciado pela empresa uma vez que sua rede estiver completa”, conta o professor de Engenharia Elétrica da FEI, Marcio Mathias, especialista na indústria de sistemas de telecomunicações e no desenvolvimento de serviços de rede inteligente e sistemas multiplex.
De acordo com a companhia, enquanto seus atuais concorrentes com serviços de internet semelhantes utilizam satélites geoestacionários simples, orbitando a Terra a cerca de 35 mil quilômetros de altitude, sua conexão teria a vantagem de ser mais rápido e estável por ser prestada por meio de vários pequenos satélites que orbitam o planeta a uma distância menor, de cerca de 550 quilômetros. Na prática, por estarem em baixa órbita, a latência, ou o tempo de envio e recepção de dados entre o consumidor e o satélite, também seria menor.
Atualmente, a Starlink oferece uma conexão com velocidade máxima de 97 Mbps (Megabits por segundo), segundo levantamento feito pela Speedtest no mercado norte-americano. Contudo, no futuro, a Starlink pretende oferecer internet de até 1 Gbps (Gigabit por segundo), inclusive no Brasil, quando sua rede espacial estiver completa, com mais de 7 mil satélites.
Até o momento, os pacotes de consumo da Starlink custam a partir de US$ 99 por mês (R$ 532) e o kit de instalação, com antena e roteador, está disponível por US$ 499 (R$ 2.689). “É possível, no entanto, que os preços venham a abaixar, conforme a rede aumente e alcance uma escala sustentável no número de usuários. Além disso, a disponibilidade de um serviço de conexão por satélites não-geoestacionários no mercado é bem-vinda, pois traz mais uma opção de banda larga aos consumidores em países de grandes dimensões territoriais, a exemplo do Brasil”, explica o professor Marcio Mathias da FEI.
SUGESTÕES DE PERGUNTAS
Quais as vantagens de um serviço de internet que utiliza satélite não-geoestacionários, como o da Starlink, para potenciais consumidores brasileiros?
Para efeito de comparação, qual é a diferença entre a velocidade ofertada atualmente pelos serviços de internet por satélite no Brasil e a ofertada pela rede Starlink? É mais ou menos rápida?
A estabilidade da conexão prestada por satélites de baixa órbita é mais estável?
Apesar do preço, pode haver vantagens competitivas na escolha pelo serviço da Starlink por empresas que precisam de internet por satélite em suas operações?
No Brasil, há estimativa da escala necessária de usuários para que os preços da Starlink sejam competitivos frente a outros de internet banda-larga?
SUGESTÃO DE FONTE
Marcio Mathias: professor do curso de Engenharia Elétrica da FEI e especialista em telecomunicações.
Sobre a FEI
Com 80 anos de tradição, a FEI é referência entre as instituições de Ensino Superior no Brasil nas áreas de Administração, Ciência da Computação e Engenharia. A Instituição, que possui história em inovar, já formou mais de 60 mil profissionais e tem como propósito proporcionar conhecimento aos seus alunos por todos os meios necessários, visando à construção de uma sociedade desenvolvida, humana e justa.
Mantida pela Fundação Educacional Inaciana Pe. Sabóia de Medeiros, a FEI integra a Rede Jesuíta de Educação e oferece os cursos de Administração, Ciência da Computação e Engenharia — habilitações em Engenharia Civil; Engenharia de Automação e Controle; Engenharia de Produção; Engenharia Elétrica; Engenharia Mecânica e Engenharia Mecânica com ênfase Automobilística; Engenharia Química e Engenharia de Robôs. Oferece ainda cursos de pós-graduação lato sensu nas áreas de Gestão, Tecnologia e Engenharia; mestrado em Administração, Engenharia Elétrica, Mecânica e Química; e doutorado em Administração e Engenharia Elétrica.
Desenvolvido por: Leonardo Nascimento & Giuliano Saito