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Segundo dados da ABISEMI, o setor de semicondutores fatura mais de R$ 3 bilhões por ano
A microeletrônica – que envolve o estudo e a fabricação de circuitos eletrônicos em pequena escala, como microchips, transistores e outros componentes eletrônicos integrados – desempenha um papel estratégico no cenário brasileiro, impulsionando o desenvolvimento tecnológico, a inovação e a competitividade do país em diversos setores, como telecomunicações, automação industrial, energia, saúde, segurança e transporte.
Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores (ABISEMI), o setor de semicondutores fatura mais de R$ 3 bilhões por ano, gera mais de 2.500 empregos qualificados e investe mais de US$ 100 milhões em atividades de PD&I.
O governo brasileiro tem buscado incentivar a microeletrônica no país por meio de políticas públicas, como programas de financiamento e incentivos fiscais para empresas que investem na área. Além disso, são promovidas parcerias entre universidades, institutos de pesquisa, empresas e governo, visando o fortalecimento da inovação e da colaboração entre os diversos atores envolvidos.
A microeletrônica também tem um papel importante na formação de mão de obra qualificada e na geração de empregos. A área demanda profissionais especializados em design de circuitos, processos de fabricação, testes e manufatura. O desenvolvimento desse conhecimento técnico contribui para a capacitação da força de trabalho brasileira e para a atração de investimentos no setor.
É nesse contexto que surgiu a ideia da criação do programa CI Inovador – Residência em Microeletrônica, a ser anunciado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e executado pela Softex. Seu propósito é capacitar pessoas e alavancar a densidade de empresas especializadas, fortalecendo assim o ecossistema nacional de microeletrônica. Com duração estimada em dois anos, o CI Inovador contará com R$ 33 milhões em recursos para a capacitação técnica e empreendedora de 200 profissionais.
Apesar dos avanços realizados, o Brasil ainda enfrenta desafios para se tornar uma potência na área da microeletrônica. A dependência de importações de chips e componentes eletrônicos ainda é uma realidade, o que pode impactar negativamente a competitividade do país. Investimentos contínuos em pesquisa, desenvolvimento e infraestrutura são necessários para fortalecer a indústria nacional e reduzir essa dependência.
A expansão da indústria de semicondutores, o fortalecimento da capacitação profissional e a criação de parcerias entre os setores público e privado são essenciais para o crescimento e a consolidação dessa área estratégica para o Brasil. Este processo trará, entre outros benefícios ao país, o crescimento da indústria, da inovação, da competitividade, da pesquisa científica e da transformação digital, com expressivos retornos não só econômicos, como sociais.
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