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Metaverso e outros recursos: o futuro da publicidade digital

Depois de figurar como um dos assuntos mais comentados dos últimos meses, o Metaverso apareceu com força no principal evento de criatividade e inovação tecnológica do mundo, o SXSW – South by Southwest.

31 de março de 2022 15:17
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*Por: Danilo Araújo.

Depois de figurar como um dos assuntos mais comentados dos últimos meses, o Metaverso apareceu com força no principal evento de criatividade e inovação tecnológica do mundo, o SXSW – South by Southwest. Mark Zuckerberg, o maior e mais conhecido entusiasta do tema, palestrou na ocasião destacando seu brinquedo mais caro do momento (embora só em 2021, a sua divisão de Metaveso tenha apresentado prejuízo de quase US$ 11 bilhões, que somado à diminuição de usuários ativos do Facebook e do Instagram pela primeira vez, resultou em forte quedas da Meta na bolsa).

Zuckerberg foi criticado por muitos, alegando que o Metaverso irá distanciar as pessoas e criar um mundo virtual paralelo. Mas é inegável que esse novo patamar de realidade virtual vai transformar ao mercado digital, principalmente o de publicidade e de vendas.

Oferecer ao consumidor uma experiência muito próxima da realidade, como visitar sua loja preferida, tocar, sentir e sentir o aroma dos produtos utilizando apenas um equipamento em casa… Tudo isso parece ser coisa de filme de ficção científica, do tipo Jornada nas Estrelas. Contudo, já é algo tecnologicamente viável e previsto para até o final desta década, como reforçou o próprio Zuckerberg no SXSW.

Segundo um relatório lançado pelo Gartner, empresa de pesquisa e consultoria de tecnologia, até 2026, 25% das pessoas vão passar pelo menos uma hora por dia no Metaverso para fins de trabalho, compras, educação, socialização e entretenimento. E para se antecipar a essa migração, as marcas já estão construindo a infraestrutura necessária para permitir que seus usuários repliquem suas vidas digitalmente. Ou seja: Zuckerberg tem razão.

Imagine um shopping construído no Metaverso e que você pode visitar, interagir com outros avatares, além de, é claro, fazer compras? Isso abre portas para negócios desde imobiliários até um varejo 5.0 de alta tecnologia. Com recursos como estes, o usuário poderá experimentar algo que ainda não pode ter no momento e sentir se é aquilo mesmo que ele precisa. Se a realidade aumentada já é algo que impressiona, imagine o que está para chegar.

Além disso, a publicidade e as vendas devem experimentar novidades em relação aos bots atuais. Enquanto hoje assistentes virtuais de atendimento e tecnologia de reconhecimento facial já são indispensáveis, imaginar uma IA (Inteligência Artificial) que consiga identificar nossa respiração e batimentos cardíacos, poderá criar vendedores virtuais melhores do que vendedores humanos, com aprendizado de máquina, e identificando quem está mais interessado no produto ou serviço em cotação.

A IA irá usar a palavra certa, na hora certa, pra reforçar gatilhos mentais e facilitar a fluidez da venda – algo que nós humanos chamamos de feeling. A máquina fará tudo isso com absoluta certeza e de forma calculada, aguçando sentidos que apenas alguns animais possuem.

Outra novidade será a engenharia genética nas vendas: em um mundo em que leis cobram mais privacidade dos usuários e lutam contra manipulação baseado no comportamento online e do usuário, no futuro, o próximo passo será entender persona e comportamento, baseando-se no seu DNA.

Parece mentira, mas nos EUA, uma em cada cinco pessoas já realizaram teste para decodificar o seu DNA. Essas informações genéticas podem ser usadas por algoritmo que sequenciará quem tem o “biotipo genético” de compra do produto ou serviço. Nosso comportamento é previsível e, se diante de fake news baseadas no que o algoritmo julgou que seja capaz de manipular a decisão do usuário apenas com os dados fornecidos hoje (ações e desejos registrados), imagine um algoritmo com aprendizado de máquina com sequência de DNA em seu processamento. É fornecer à tecnologia 99% de certeza de quem irá ou ter grandes chances de comprar.

Não há dúvidas de que a publicidade, as vendas e a experiência do cliente nunca estiveram tão conectadas com a tecnologia. O mundo será muito diferente daqui a três ou quatro anos, e as empresas devem estar atentas às inovações para aproveitar as oportunidades.

*Danilo Araújo é CEO da PHD Virtual – Agência de Marketing Digital

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