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6 tendências da inteligência artificial para o mercado financeiro

Democratização de informações e redução de riscos em operações complexas, como fusões e aquisições, estão entre os avanços da tecnologia para o setor

22 de maio de 2025 08:30

A inteligência artificial (IA) tem se consolidado como uma ferramenta estratégica no setor financeiro, com impactos significativos no Brasil e no mundo. Em 2024, a adoção de IA pelas empresas brasileiras alcançou 75%, um aumento expressivo em relação aos 55% do ano anterior, segundo um estudo realizado pela Universidade de Stanford. O dado reforça a velocidade com que o mercado está incorporando a IA em suas operações, decisões e relacionamentos com clientes.

A IA está redesenhando o papel das instituições financeiras, possibilitando análises mais sofisticadas, tomadas de decisão em tempo real e interações personalizadas com clientes. Ao mesmo tempo, levanta novos desafios relacionados à transparência, segurança e governança de dados, temas que começam a ganhar protagonismo nas discussões do setor.

Para Felippe Pires, CEO da Louro Tech, plataforma de gestão online para o mercado financeiro, a IA está se tornando uma alavanca estratégica no mercado financeiro e de capitais. Isso porque a tecnologia transforma processos e redefine a forma como empresas e clientes se relacionam com o dinheiro, os dados e até mesmo a confiança. A seguir, o especialista elenca as principais tendências da IA que devem moldar o setor nos próximos anos.

1. Democratização do conhecimento

O primeiro destaque é para a democratização da informação. Segundo Felippe Pires, o mercado está migrando aos poucos de um modelo onde o conhecimento ficava restrito a poucas instituições para um cenário em que qualquer empresa, de qualquer porte, poderá acessar ferramentas sofisticadas de análise e automação. A IA está democratizando o acesso às informações e ao poder de decisão, permitindo que fintechs, gestoras e até investidores individuais ampliem suas capacidades de análise baseadas em dados.

2. IA como copiloto do profissional financeiro

A IA não busca substituir os profissionais, mas sim agir como um “copiloto” que auxilia planejadores financeiros, analistas, consultores e gestores na tomada de decisão. “Não se trata de substituir o humano, mas de melhorar a eficiência do serviço oferecido”, explica Felippe. Com isso, a ferramenta oferece uma capacidade maior de análise, antecipação e personalização de soluções. Essa tendência mostra que a inteligência artificial vai auxiliar os profissionais a tomarem decisões mais informadas e rápidas, sem substituir o toque humano essencial.

3. Automação com rastreabilidade: foco em compliance

No mercado de capitais, onde a regulação é rigorosa, a IA já está sendo aplicada para automatizar processos com foco em compliance. Felippe Pires explica que “é possível automatizar processos como o due diligence, garantindo maior rastreabilidade, conformidade e transparência.” Isso reduz riscos e acelera operações complexas, como fusões e aquisições, tornando os processos mais eficientes e seguros.

4. Relacionamento com o cliente em nova dimensão

A personalização será uma chave importante na transformação das relações com os clientes. A IA permite que o mercado financeiro passe a entender comportamentos e antecipar necessidades. “A IA está transformando a forma como o mercado financeiro se comunica com o cliente. Não é mais sobre vender produtos, mas entender comportamentos”, destaca Felippe. Ele enfatiza que as relações se tornarão mais consultivas e baseadas em dados, permitindo uma interação mais empática e estratégica, o que aumenta a confiança e a lealdade dos clientes.

5. Sistemas autônomos e decisões em tempo real

A capacidade de analisar e responder a eventos em tempo real é uma das grandes frentes de expansão. Felippe Pires afirma que “modelos de IA podem captar variações de mercado e tomar decisões em frações de segundo.” Isso transforma a lógica de risco, timing e estratégia das operações financeiras, especialmente em mercados voláteis e de grande volume de transações, onde decisões rápidas são essenciais.

6. Ética, transparência e responsabilidade algorítmica

Felippe Pires alerta sobre o uso responsável da IA. A transparência algorítmica e a ética digital se tornarão pilares essenciais para as instituições financeiras que desejam liderar com confiança. A governança sobre os algoritmos será cada vez mais cobrada por reguladores, parceiros e clientes. “Isso exige que as instituições invistam na clareza e responsabilidade na utilização dessas tecnologias”, diz.

Assessoria

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