Em crescimento constante, o e-commerce, também conhecido por comércio online, veio para ficar. Segundo dados do primeiro trimestre de 2021, foram realizadas 78,5 milhões de compras, proporcionando um faturamento de R﹩ 35,2 bilhões para o setor, e um aumento de 72,2% na comparação com 2020. A alta demanda no varejo online se tornou uma oportunidade para empresas brasileiras de tecnologia oferecerem soluções para as operações, de forma ágil e assertiva e, elas são aliadas para seguir com as conformidades regulatórias de pagamento de tributos, assim como na área financeira e de inteligência de mercado.

De acordo com os dados do Ebit | Nielsen, o faturamento das lojas online no Brasil somou R﹩ 6 bilhões em novembro de 2020, mês em que é realizada a Black Friday, sendo 30,1% a mais do que o mesmo período de 2019. Já para 2021, o índice de intenção de compra cresceu 29% em relação ao ano passado. Veja abaixo as soluções de startups brasileiras para preparar as equipes e a estratégia de vendas para essa data.

Dootax

“A maioria do e-commerce se prepara e se preocupa somente com as vendas durante esse período de alta demanda. Porém, as atividades de backoffice e pós-venda são fundamentais para garantir a satisfação completa dos clientes”, ressalta Thiago Souza, co-fundador do Dootax, startup que usa a tecnologia para simplificar as rotinas fiscais.

O software da Dootax automatiza a emissão e pagamentos das GNREs, recolhido em cada estado com uma legislação tributária, e, assim, o cliente poderá receber o seu produto comprado com mais agilidade, aumentando a satisfação e até mesmo evitando ter a logística interrompida por conta de multas, juros, caminhões parados em barreira fiscal, entre outros.

Além disso, segundo o executivo, nesta época é comum ter muita instabilidade no site da Sefaz e a solução da startup evita a emissão de guia em duplicidade. Outro ponto de benefício é a garantia do Compliance Fiscal, pois em casos de fiscalização, todos os recibos estão armazenados em um único local.

Banco Útil

Dando suporte na área fiscal e financeira, o Banco Útil, através de uma carteira digital corporativa faz o pagamento dos tributos de forma automática, sem a dependência de um banco tradicional, que em sua maioria, não pode pagar tributos para todos os estados, dificultando a operação para pagamentos de GNREs e aumentando o tempo de entrega.

Segundo explica Marian Canteiro, co-fundadora da fintech, todos os pagamentos realizados pela plataforma acontecem em 15 minutos e numa escala de 24×7, reduzindo em 99% o tempo gasto com essa demanda e minimizando a necessidade de contratação de novos recursos humanos para esta atividade.

Crawly

​​A startup desenvolve robôs inteligentes personalizados para o mapeamento e coleta de dados em fontes de dados na internet como e-commerces, marketplaces e quaisquer outras plataformas de vendas on-line. Com essa solução, é possível monitorar preços e todas as características descritivas de um produto, entre elas peso, frete, SKU, código de barras, dimensões e etc.

João Drummond, CEO da Crawly, ressalta que esse monitoramento serve como uma estratégia de inteligência comercial, para além do monitoramento de preços. “Isso porque, com os dados estruturados de um mesmo produto presente em diversas fontes, ou seja, os sites, é possível gerar insumos para estratégias de marketing e vendas durante o período da Black Friday e também em outras datas comemorativas e relevantes para o comércio on-line, como Natal, Dia das Mães, entre outras.

IDez

Nesse período que é uma boa oportunidade para atrair novos clientes a IDez, fintech que oferece autonomia para empresas no desenvolvimento do seu próprio ecossistema financeiro, unificando operações bancárias e proporcionando uma solução completa em infraestrutura e tecnologia na criação de um banco 100% digital, seguro e inovador, consegue criar um CashBack, programas de recompensas, exclusivos para atender a necessidade de cada empresa.

Esse programa de recompensas funciona como um adicional na conta digital das empresas que adquirirem o banco digital personalizado produzido pela Idez.

Maria Kopacek, co-fundadora da fintech explica que com esse produto, a empresa pode credenciar uma rede de parceiros (no varejo físico ou digital) e se posicionar como meio de pagamento. O usuário final poderá pagar suas compras via QRcode e receber cashback por isso.

“Para o usuário final é super interessante, porque ele ganha um benefício na conta. Já para o e-commerce/estabelecimento é uma ferramenta adicional de fidelização e para quem possui o banco digital, é mais uma forma de gerar receita através de comissão de vendas”, explica a executiva.

Ela ressalta ainda que o usuário recebe o cashback na hora, direto na conta para utilização e a empresa que utiliza essa ferramenta pode configurar diferentes valores de cashback e comissão para cada estabelecimento.

O usuário pode ainda visualizar um mapa interativo no aplicativo para consultar todas as redes de estabelecimentos conveniados com um perfil de cada um deles. E os estabelecimentos podem contar com um sistema adicional também personalizável: o sistema do PDV, um web-app onde ele pode gerar os QRcodes para recebimento e identificar as transações recebidas.