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Satélite e 4G propagam o acesso em regiões remotas

Embora o País ainda dependa muito da conectividade de banda larga, principalmente nas áreas ainda não atendidas.

17 de junho de 2022 13:43

Entre os temas a serem debatidos no Futurecom 2022, no São Paulo Expo, na capital paulista, entre os dias 18 e 20 de outubro, está a inclusão digital que segue em curso — especialmente nas grandes cidades. No entanto, o País ainda depende muito da conectividade de banda larga, principalmente nas áreas ainda não atendidas.

Além da necessidade básica de se democratizar o acesso à informação, alguns setores são primordiais para o desenvolvimento socioeconômico. “Educação e Saúde são as prioridades essenciais. Depois disso, algumas verticais de mercado que têm suas atividades dispersas em regiões remotas carentes de banda larga como, por exemplo, energia, mineração, exploração de petróleo, agronegócio”, afirma Hermano Pinto, Diretor do Portfólio de Tecnologia e Infraestrutura da Informa Markets, responsável pelo Futurecom. Vale lembrar, reforça Hermano, que o conceito de conexão de escolas públicas e postos de saúde, passa pela conectividade (linha de banda larga) e os equipamentos terminais para que os usuários tenham acesso ao serviço com, por exemplo, computadores.

 

A nova tecnologia de quinta geração da telefonia móvel, o 5G, é considerada por muitos a solução para vários tipos de aplicações do futuro, mas a quarta geração, o 4G, sobrevive e pode ser a alavanca para a democratização do acesso nos lugares remotos. A capacidade de prover sinal dos satélites de baixa órbita é a saída mais viável no momento para suprir essa necessidade. E eles estão disponíveis, inclusive os satélites brasileiros, embora sua existência não seja muito conhecida.

Instalar redes cabeadas em uma área continental como o Brasil não é uma tarefa fácil. Aproximadamente 20% de nossos 5,6 mil municípios não contam com conectividade cabeada. Se as áreas urbanizadas não têm cobertura suficiente, imagine-se a proporção das áreas remotas descobertas. Na falta de condições climáticas para o acesso via sinal de rádio ou se a geografia não permite o cabeamento, o satélite de baixa órbita é o meio ideal. Isso é comprovado pelo investimento de algumas empresas e operadoras de telecomunicações em instalação da tecnologia 4G com antenas terrestres — em alguns casos, alimentadas por energia solar. Essa opção de comunicação com os satélites dá acesso veloz, já que é de baixa latência, quando comparado ao satélite geoestacionário, além de ter proposta sustentável, pois dispensa a construção de redes cabeadas ou link de micro-ondas.

Popularizar a Internet

Embora os estudos do Comitê Gestor da Internet do Brasil apontem para mais de 152 milhões de pessoas com acesso à Internet no País, essa população atendida se concentra nas regiões urbanas. A maioria dessas conexões se dá via telefonia celular e não em banda larga cabeada nas residências e isso não reflete a democratização do acesso. No ensino básico, por exemplo, o censo escolar de 2020 mostra que o acesso atinge somente 32% das escolas públicas do ensino fundamental.

A cobertura dos satélites pode beneficiar regiões do tamanho de um estado inteiro, ou até todo o país, com benefícios como industrialização, geração de empregos, desenvolvimento socioeconômico e aumento do nível de educação e escolaridade. Além da expansão das pesquisas para o desenvolvimento das soluções baseadas em Internet das Cosias (IoT), que também demanda mais uso da banda larga.

Aplicações em sistemas IoT como smart agro, coleta de dados e monitoramento de bacias hidrográficas, condições de mobilidade, parques eólicos e plataformas de petróleo são exemplos que justificam a conexão via satélite. Falta o ganho de escala para tornar o serviço mais acessível.

 

*Futurecom

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