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Ferramentas como o ServiceNow impulsionam a demanda por especialistas e oferecem vagas com salários que podem chegar a R$ 19 mil, para as atuações mais complexas
O avanço das plataformas low code, que permitem a criação de soluções digitais com baixo uso de programação tradicional, transformou o desenho das equipes de TI ao demandar profissionais capazes de unir compreensão de rotinas internas e domínio de ferramentas de automação. A expansão do ServiceNow dentro das empresas ampliou a oferta de vagas para esse perfil híbrido, com salários que chegam a R$ 19 mil para cargos de alta especialização.
O movimento é confirmado por levantamentos recentes. Segundo relatório da consultoria ISG, o uso do ServiceNow no Brasil tem crescido, impulsionado pela busca de integração entre áreas e pela adoção de soluções que combinam inteligência artificial e automação. A ferramenta, antes restrita aos service desks de TI, já alcança departamentos como recursos humanos, financeiro, jurídico e atendimento ao cliente. A IDC também projeta que, até o fim de 2025, 67% dos investimentos globais em IA, o equivalente a US$ 227 bilhões, virão de empresas que incorporam inteligência aos seus processos centrais.
Foi em meio a esse contexto que Stefanie Gontijo Pires iniciou sua jornada. Antes de migrar para a tecnologia, ela atuava na área da saúde e tinha contato constante com processos operacionais. Quando conheceu o ServiceNow, identificou rapidamente como a lógica da plataforma se conectava com seu conhecimento prévio sobre fluxos e rotinas corporativas. A familiaridade com as etapas de trabalho foi o ponto de partida para explorar as funcionalidades da ferramenta.
Hoje, Stefanie ocupa o cargo de desenvolvedora ServiceNow na Gateware, atuando diretamente na criação de fluxos, integrações, automações e ajustes que melhoram a experiência dos usuários. Seu papel exige escuta ativa com as áreas internas, compreensão das etapas envolvidas nas solicitações e construção de soluções que tragam clareza e rastreabilidade. “Você entende o porquê de cada funcionalidade, e isso torna o trabalho mais interessante”, afirma.
Formação e desenvolvimento prático
A formação em plataformas low code como o ServiceNow tende a ser prática e gradual. No caso de Stefanie, o aprendizado começou com pequenos testes e configurações do dia a dia, sem grandes complexidades. “Eu não comecei estudando algo avançado. Fui entendendo as mudanças mais simples e observando o que acontecia na ferramenta”, lembra. A partir dessas interações cotidianas, ela construiu repertório, ganhou familiaridade com os fluxos e passou a buscar capacitações mais estruturadas, como cursos introdutórios e materiais técnicos. “Quanto mais você mexe, mais entende. Foi isso que me ajudou a crescer”, afirma.
Para quem quer ingressar na carreira com ServiceNow, a desenvolvedora recomenda começar com o que está ao alcance, como testar, observar o funcionamento das áreas e mapear oportunidades de melhoria. “Se você entende como funciona o negócio da empresa em que atua, já tem meio caminho andado. O resto é estudar e praticar todos os dias.” Ela também destaca a importância de registrar os testes realizados e buscar apoio de quem já atua na área. “Muita gente começa achando que precisa saber tudo de código, mas nem é isso. Lógica, organização e vontade de aprender contam mais.”
No caso daqueles que buscam se especializar, Stefanie recomenda os treinamentos oficiais da própria plataforma, que oferece trilhas gratuitas e pagas com foco em diferentes perfis profissionais. As certificações são obtidas por meio de provas específicas, exigem preparo, mas ajudam a abrir portas no mercado. “Tem muito conteúdo disponível, inclusive direto da ServiceNow. Dá para aprender do zero, mas é importante estudar com constância”, diz.
Além das habilidades técnicas, o mercado valoriza profissionais com boa comunicação, organização e capacidade de entender o contexto das áreas atendidas. Stefanie destaca que sua experiência anterior com atendimento ao cliente e interação com diferentes equipes ajudou na transição para a tecnologia. O domínio do inglês também é essencial, já que parte dos materiais, cursos e até provas de certificação está disponível apenas nesse idioma.
Assessoria
Desenvolvido por: Leonardo Nascimento & Giuliano Saito