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Investimento em TI é urgente diante de um mundo cada vez mais digital

Adesão à inteligência artificial é uma das principais tendências. Análises, comparações e planejamento são essenciais para empresas de segmentos diversos

25 de novembro de 2024 16:44

Em um mercado que exige agilidade e inovação constantes, o investimento em tecnologia pode ser o diferencial entre crescer ou estagnar. Um estudo realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), em 2024, com mais de 12 mil empresas, revelou dados que reforçam a importância do investimento em tecnologia para o sucesso dos negócios.

A pesquisa aponta que os investimentos em Tecnologia da Informação (TI) devem continuar crescendo. Aumento impulsionado pela percepção dos benefícios que a tecnologia pode trazer, como a redução de custos por usuário e o aumento da produtividade.

O professor da FGV, responsável pela “Pesquisa do uso de TI”, Fernando Meirelles, destaca que, entre as 500 maiores empresas nacionais, 66% estão representadas na amostra, o que a torna significativa.

“A evolução tecnológica exige que os gestores integrem as inovações de forma alinhada à estratégia empresarial, o que nem sempre é uma tarefa simples, especialmente para pequenas empresas que enfrentam limitações no orçamento e falta de experiência”, comenta.

Para Meirelles, em um cenário de inovações quase diárias, é essencial que as empresas se mantenham atualizadas. Ele aponta que existe muita oferta de tecnologia, todo dia surge algo novo, mas nem tudo será adequado para todos os tipos de negócio. É preciso estudar, comparar e analisar com cuidado o que faz sentido antes de aplicar.

De acordo com o estudo, há uma tendência de aumento nos gastos com tecnologia nos próximos anos. Hoje, o investimento em TI é de 9,4% da receita das empresas.  As áreas de destaque são inteligência artificial (IA) integrada com inteligência analítica, transformação digital e a implementação do “novo” ERP – planejamento de recursos empresariais. O professor garante que as empresas que se antecipam conseguem se posicionar de forma mais sólida no mercado.

“A tecnologia não é apenas um custo adicional, mas um fator que pode garantir competitividade e crescimento sustentável”, diz.

O especialista avisa que, no curto prazo, quem não aplicar inteligência artificial estará sujeito ao analfabetismo digital. É preciso analisar a concorrência, planejar e investir. O estudo feito pelo pesquisador mostra que as organizações têm investido mais a cada ano.

Planejamento

O engenheiro, mestre em Ciência da Computação e empresário da área de tecnologia, Thiago Zampieri, enfatiza que a TI é transversal a diversos setores e pode auxiliar áreas da saúde até o varejo a melhorarem seus processos e oferecerem experiências aprimoradas aos clientes. Segundo ele, independentemente do segmento, a tecnologia é uma ferramenta fundamental para as empresas.

Aos negócios que estão começando a jornada digital, Zampieri sugere consultorias especializadas para um planejamento acertado, o que pode reduzir o custo inicial e direcionar o foco para tecnologias que trarão mais benefícios.

“Em média, uma empresa deve reservar cerca de 20% de sua previsão de faturamento para investimentos em tecnologia, seja no desenvolvimento próprio ou em soluções terceirizadas”, sugere.

A TI tem se mostrado essencial não apenas para startups ou companhias do setor tecnológico, mas para organizações de todos os segmentos. Zampieri aponta que, independentemente do ramo, a TI facilita processos, melhora a experiência do cliente e permite inovações que trazem mais competitividade e adaptabilidade para as empresas.

Ele ressalta que ferramentas como sistemas de gestão empresarial (ERP), plataformas de relacionamento com o cliente (CRM) e soluções de Business Intelligence (BI) tornaram-se fundamentais para o funcionamento da maioria dos negócios.

“Tudo ocorre hoje no meio digital, desde a nossa comunicação até como analisamos nossos negócios para dar os próximos passos”, afirma.

O especialista em tecnologia diz acreditar que a familiaridade crescente com a inteligência artificial pode gerar uma nova onda no mercado de prestadores de serviços, como consultores que trazem sua metodologia e conhecimento para o digital.

“Vimos o mundo pensar na transformação do analógico para o digital. Agora, veremos a onda dos negócios serem digitais e não apenas digitalizados ou transformados”, prevê.

Mais competitividade

O empresário e dono de uma indústria de máquinas e equipamentos para a área da saúde, Ricardo Candido da Silva, já colhe os resultados dos investimentos em TI. Segundo ele, o faturamento tem crescido 40% ao ano e a empresa se tornado mais competitiva graças à adoção de novas tecnologias.

“Ganhamos bastante em produtividade, que é fundamental no nosso negócio”, avalia.

Entre os principais investimentos estão os sistemas de gestão. Para Silva, sem essas ferramentas, a indústria pode enfrentar desvios difíceis de perceber, o que afeta a produtividade e a lucratividade.

Ele ressalta que foi possível melhorar processos com a adoção do Lean Manufacturing – manufatura enxuta. A fábrica também aderiu à robotização para a comunicação com clientes do Brasil inteiro, o que ajudou a melhorar o desempenho nas vendas.

“A tecnologia nos ajudou a eliminar desperdícios, controlar melhor os processos e, consequentemente, aumentar a competitividade da empresa”, enumera.

Webinar gratuito ensina como planejar investimentos em TI

Para ajudar os gestores a planejarem os investimentos em TI para 2025, a empresa londrinense Corelab vai realizar gratuitamente, no dia 2 de dezembro, às 19h, um webinar sobre “Planejamento de Gastos com Tecnologia para 2025”.

Serão abordados temas como a otimização de investimentos em tecnologia, a integração eficaz de soluções tecnológicas e estratégias para crescimento sustentável. O objetivo é ajudar as empresas a escalonarem de maneira inteligente.

As inscrições podem ser feitas no link: https://bit.ly/4ewMb5u. As vagas são limitadas.

Assessoria

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