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Inteligência Artificial no trabalho melhora desempenho, criatividade e gestão de tempo

Tecnologia avança dia a dia nas funções de vários profissionais, contudo, especialista da área de soluções digitais revela quando o uso é adequado

3 de julho de 2024 11:56

“Maior produtividade, criatividade e gestão do tempo”. Esses são os três pontos destacados pelo COO (diretor de Operações) da Bindflow, Jeferson Passos, sobre o uso da Inteligência Artificial no trabalho. Exemplos da melhora do desempenho no ambiente profissional começam com o setor de seleção de currículos. A IA pode selecionar cerca de 100 candidaturas que atendam ao perfil desejado, na metade do tempo ou menos, com candidatos mais aderentes à vaga, no primeiro passo desse processo. Outro caso é o uso de chatbots (bate-papos automáticos), para resolução ágil de assuntos financeiros e administrativos do dia a dia até a criação de um código de programação.

“Mesmo com toda essa agilidade, é necessário sempre conferir a informação fornecida pela Inteligência Artificial. Essa precisão está ligada à nossa capacidade de entregar informações e contexto para que a IA nos dê as melhores alternativas”, detalha Passos. “Não é simplesmente copiar e colar, mas dar continuidade ao diálogo com o sistema, fornecendo novas exigências, refinando o formato e analisar o que de fato funciona para a solicitação”.

A Bindflow teve uma experiência recente do uso de IA, quando um produto IoT (Internet das Coisas – sigla em inglês  para Internet of Things) precisava calcular a distância e posição de um objeto, utilizando triangulação de antenas, apenas pela potência do sinal. Os desenvolvedores usaram uma fórmula fornecida pelo ChatGPT dentro de uma linguagem de programação, que funcionou precisamente, após ser testada. “Poderíamos ter feito uma interpolação de dados, pois temos know how, no entanto, levaria mais tempo”.

 

IA X Humanos

Outra discussão recorrente ao uso dessa tecnologia está na relação entre robôs e humanos e um possível comprometimento do processo criativo, pois os usuários se retroalimentariam das mesmas informações e assim repetiriam suas tarefas com pequenos ajustes para diferenciar. Entretanto, o COO da Bindflow defende dois pontos em favor da humanização da IA. “Todo prompt (a descrição que determina o comando da tarefa) passa pelo crivo humano, assim como o filtro das informações fornecidas”, detalha. “Não se trata de copiar e colar, é necessário analisar os resultados”, conclui.

Sobre a questão da criatividade, Passos acredita que, ao contrário do que muitos comentam, o uso da Inteligência Artificial pode inclusive incrementar a criatividade, uma vez que “é preciso entender aquela resposta e dar mais contexto a ela, ocasião em que posso concordar ou não. Nesse processo de diálogo, a criatividade tende a florescer em vez de permanecer no estado estagnado. Nossa experiência melhora nossa criatividade”, defende.

Segurança de dados

A principal orientação é de não interpretar as ferramentas de IA como “gratuitas”, pois mesmo as que se posicionam dessa forma, podem se beneficiar dos dados quando logamos para o uso do sistema, colocando em risco a confidencialidade das informações que registramos para acessar o serviço.

“Antes de instalar um sistema de IA numa empresa é preciso olhar para qualidade dos meus dados, e quem tem acesso permitido”, alerta o COO da Bindflow. A empresa usa o recurso nas seguintes tarefas: backoffice (departamentos administrativos de uma empresa ou departamentos que mantêm nenhum ou muito pouco contato com os clientes); produção de conteúdo, no endomarketing, na criação de posts para redes sociais, além de atividades mais repetitivas e no processo de recrutamento .

Apenas um funcionário?

Segundo Passos, há os chamados “gurus da IA”, que preveem, em um futuro não muito distante, que haverá unicórnios (startups avaliadas pelo mercado a partir de 1 bilhão de dólares) com apenas 1 funcionário.  “Talvez esse modelo exista apenas em algumas indústrias, pois são muitos empreendimentos que permitem exclusivamente IA. Mas o processo de relações de negócios é humanizado, precisa do relacionamento, baseado na indicação, confiança, mesmo de empresas sólidas, que aporta sua confiança, o uso de seus produtos, pelo histórico de pessoas”, completa.

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