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As habilidades de resistir, responder e se recuperar rapidamente de incidentes podem salvar empresas
A ciber-resiliência está se tornando um elemento fundamental na estratégia de segurança das empresas, especialmente em um cenário de ameaças cibernéticas em crescimento. Segundo um estudo da Check Point Research (CPR), o número médio semanal de ataques cibernéticos por organização no mundo atingiu um recorde de 1.876 no terceiro trimestre de 2024, aumento de 75% em comparação ao mesmo período de 2023 e de 15% em relação ao trimestre anterior. No Brasil houve aumento de 95% dos ciberataques contra organizações, ou 2.766 tentativas semanais – eram 747 ataques no mesmo período de 2023.
Esses dados reforçam a importância de adotar uma postura de ciber-resiliência, que vai além da simples prevenção de ataques, garantindo que as organizações sejam capazes de resistir, responder e se recuperar rapidamente de incidentes, minimizando os danos e mantendo suas operações.
“As empresas precisam estar preparadas para reagir, conter a ameaça e restaurar seus sistemas, garantindo a continuidade dos negócios. Um plano de recuperação eficaz, segundo a ciber-resiliência, deve incluir a avaliação do impacto do ataque, a comunicação transparente com funcionários e parceiros, a contenção do incidente, a restauração dos sistemas afetados e uma análise forense para entender como a violação ocorreu e como evitá-la no futuro com base nas lições aprendidas”, afirma Luis Ladereche, Chief Information Officer na Zallpy.
Ele explica que, a longo prazo, empresas que investem em cibersegurança podem esperar uma redução nos riscos de ataques, maior continuidade dos negócios, fortalecimento da reputação e cumprimento das regulamentações, fatores que as tornam mais competitivas e resilientes.
Porém, a implementação da ciber-resiliência enfrenta diversos desafios, como a complexidade dos sistemas de TI, a resistência à mudança na cultura organizacional e as limitações orçamentárias. Além disso, manter as defesas sempre atualizadas para lidar com ameaças em constante evolução é uma tarefa contínua, exigindo também o gerenciamento da segurança ao longo da cadeia de fornecedores e parceiros.
Como implementar a ciber resiliência
Diversas organizações já adotam práticas essenciais, como backups offline, monitoramento ativo de logs, segmentação de redes internas e gestão rigorosa de identidades e acessos.
Para quem ainda está no início deste processo, Ladereche recomenda implementar camadas de proteção, treinar os funcionários para evitar comportamentos arriscados, como o phishing, e criar um plano de resposta e recuperação com backups e redundâncias.
Antes da implementação, os gestores devem também estudar alternativas, como o Zero Trust, que adota o conceito “nunca confie, sempre verifique”. Também vale a pena apostar em práticas como a integração de segurança desde o início em ambientes de nuvem e a oferta de cibersegurança como serviço, com soluções flexíveis e escaláveis.
A inteligência artificial e o machine learning também desempenham um papel crescente na ciber-resiliência, permitindo a detecção proativa de ameaças, a automação de respostas, além da análise preditiva para priorizar ações e correções de vulnerabilidades.
Com a cultura de ciber resiliência já absorvida pela empresa, é importante também adotar uma abordagem preventiva. Para isso, as práticas indicadas são:
Após a implementação, é possível medir o retorno sobre o investimento (ROI). Isso pode ser feito ao comparar o custo das soluções com as potenciais perdas em caso de uma violação, como multas, danos à reputação e perda de receita. Outros indicadores de ROI incluem a redução no número de incidentes, a menor interrupção nas operações e o aumento da confiança de clientes e parceiros.
Assessoria
Desenvolvido por: Leonardo Nascimento & Giuliano Saito