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O low-code proporciona menos custos e mais clientes
*Daniel Scuzzarrello
Você já parou para pensar no ganho que poderia ter se sua equipe pudesse desenvolver rapidamente seus próprios aplicativos e recursos necessários em um único ambiente de TI? Cada vez que falamos sobre o conceito de indústria 4.0, vemos a aproximação de um futuro, antes considerado distante, capaz de trazer benefícios para empresas em diversos segmentos, que necessitam de recursos tecnológicos eficientes e de custo reduzido para obter ganho de agilidade nos negócios e de produtividade em suas equipes.
Então, fica a pergunta, qual a relação entre esse futuro e o low-code? Explico. A pandemia acelerou a agenda das mais diversas indústrias na corrida pela transformação digital e, com isso, houve um aumento na demanda por sistemas capazes de resolver a desconexão entre a área de TI e o negócio. O low-code vem para criar a automação, agindo com um catalisador de ideias, olhando para a unidade de negócio e possibilitando as adaptações necessárias. Um estudo apresentado pela consultoria IDC (Internacional Data Corporation) aponta que 750 milhões de aplicativos serão desenvolvidos na nuvem globalmente até 2025, enquanto outro levantamento apresentado pelo Gartner aponta que até este ano, mais de 50% das empresas médias e grandes adotarão uma plataforma low-code como solução estratégica.
Estamos vivendo um momento de transformação digital dos mercados e a busca por soluções que resultem na melhoria da gestão de pessoas e negócios, retenção de clientes e redução de custos não poderia ficar para trás. Para se ter uma ideia, as aplicações criadas a partir do low-code podem impactar diretamente na economia de horas gastas no desenvolvimento de processos, em ganhos de produtividade dos desenvolvedores, sem contar o aumento da fidelização de clientes. Nesse último caso, podemos pegar como exemplo o Conselho de Knowsley, no Reino Unido, que utilizou o low-code para entender melhor as necessidades de seus usuários e migrar de transações de atendimento ao cliente por telefone e pessoalmente, que eram custosas, para serviços online mais econômicos. Eles aumentaram as transações online de 2% para 50% em apenas três anos e melhoraram a qualidade de vida de muitos membros de sua comunidade.
Quando você passa a criar recursos mais rapidamente, consegue oferecer seus produtos e serviços de forma mais ágil ao mercado e, consequentemente, consegue estar mais próximo do usuário. Com isso, é possível melhorar a capacidade de experiência do cliente. O low-code nos permite ter uma abordagem ágil e flexível às mudanças do mercado. Mas, se engana quem pensa que os benefícios estão apenas voltados para o negócio.
O low-code, assim como outros movimentos que temos visto na evolução da indústria 4.0, é capaz de impactar diretamente no mercado de trabalho ao permitir a geração de novos empregos que não exijam conhecimento em codificação. E porque isso é importante? Ainda vemos uma crescente demanda por desenvolvedores de software qualificados, no entanto, a oferta desses profissionais não tem acompanhado o ritmo do mercado.
De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação (Brasscom), até 2024, serão necessários 70 mil profissionais ao ano para ocupar todas as vagas geradas. No entanto, o Brasil capacita apenas 46 mil pessoas aptas para trabalhar na área de TI. E é aí que entra o low-code.
O sistema permite que pessoas com habilidades técnicas básicas consigam atuar como desenvolvedores de aplicativos sem a necessidade de conhecimento especializado em programação, permitindo que as empresas ocupem os postos de trabalho abertos, investindo apenas em treinamentos e cursos de capacitação.
Mesmo com recursos escassos, esta tecnologia permite que as empresas se concentrem no que realmente importa para seu crescimento crescer. Além disso, estamos democratizando o acesso à tecnologia ao mostrar que ela está aberta para qualquer pessoa que tenha interesse em investir nisso.
Ao aproveitar todas essas possibilidades, as empresas estão abrindo um novo caminho e dando passos em direção a um futuro com menos custos envolvidos na contratação de softwares tradicionais, mais agilidade no lançamento de soluções para o mercado e, consequentemente, mais clientes interessados em um atendimento de qualidade e que entenda suas necessidades.
*Daniel Scuzzarrello é CEO da Siemens Software para a América do Sul
Desenvolvido por: Leonardo Nascimento & Giuliano Saito