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As sugestões são propostas pela Invillia
Os consumidores estão cada vez mais cientes sobre o valor de seus dados pessoais e sobre a importância de mantê-los seguros, tendo em vista a inconveniência de trocar logins, senhas e bloquear plataformas quando há algum tipo de ciberataque ou vazamento de informações. Prova disso é que, segundo uma pesquisa publicada em junho pelo BigDataCorp, 77% dos brasileiros já desinstalaram aplicativos por preocupação com a segurança, enquanto apenas 14,8% confiam nas empresas para manter as informações seguras.
Na visão do especialista em cibersegurança da Invillia, Fernando Costa, esse movimento está fazendo com que a preocupação com o assunto na criação dos produtos digitais – ou seja, nos aplicativos, sites e serviços online usados no dia a dia – seja um critério básico e não uma vantagem na competitividade. “Os consumidores estão mais atentos em relação ao que e para quem eles informam seus dados. Isso significa que a garantia da integridade das informações e, principalmente, a transparência sobre a utilização dos dados se tornem prioridade nas empresas”, afirma.
Para ajudar os líderes de tecnologia a entregarem os melhores resultados no quesito segurança dentro dos produtos digitais, o especialista da Invillia, multinacional brasileira que cria e desenvolve produtos e serviços digitais para empresas do mundo todo, dá quatro dicas que vão além do uso da tecnologia. São elas:
1. Esteja de acordo com as regras de compliance:
Costa explica que ter normas e regras bem estabelecidas e de acordo com o segmento de cada negócio é um passo essencial para o sucesso de um produto digital seguro. Isso porque, por mais que as tecnologias utilizadas no projeto sejam robustas e de última geração, elas precisam ser implementadas seguindo diretrizes que garantam a segurança do aplicativo ou portal.
“Isso envolve também conhecer a própria empresa e o mercado de atuação. É preciso ter em mente os desafios e a evolução necessária em cada etapa. Assim, cada decisão – da criação até o lançamento – se torna mais assertiva e entrega maior segurança”, diz.
2. Conformidade jurídica (local ou internacional)
Outro ponto destacado pelo especialista é a necessidade de os projetos estarem em conformidade jurídica, ou seja, que sigam o que é exigido pelas leis (o que, no caso da privacidade de dados no Brasil, se baseia na Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD e, na União Européia, se baseia na General Data Protection Regulation – GDPR).
“O compliance é importante até mesmo para validação do produto e seu lançamento no mercado. Por isso é indispensável. Além disso, fazer com que seja adotado desde o início da concepção evita futuras adaptações em uma iniciativa que já esteja rodando, o que, quando acontece, gera altos custos”, afirma Costa.
Além disso, o executivo destaca a importância deste tópico para uma das movimentações mais comuns do segmento de tecnologia: a internacionalização. Ele explica que, embora um produto digital não tenha fronteiras, estando em conformidade jurídica ele pode expandir para outras localidades. O mesmo vale para a contratação de parceiros ou desenvolvedores internacionais.
3. Monitoramento em tempo real
Uma vantagem apontada pelo especialista na criação e execução de um produto digital é o fato de que, com o avanço das tecnologias, hoje, há sempre alguma coisa (seja um time ou um software) olhando as soluções das empresas 24 horas por dia e sete dias por semana. Isso garante que qualquer movimentação estranha ou falha no sistema seja identificada e resolvida o mais rápido possível.
4. Inteligência artificial e o futuro da cibersegurança
Diante das movimentações do mercado, a inteligência artificial é um tópico que tem ganhado força no avanço da tecnologia e, por isso, deve ditar muitas das novas atualizações no quesito cibersegurança em nível global. Segundo o gerente de cibersegurança da Invillia, Mário Akamine Junior, conforme este cenário for sendo construído, a tendência é que cada vez mais empresas passem a utilizar ferramentas do tipo em diferentes etapas do desenvolvimento de seus produtos digitais.
Segundo Akamine Junior, enquanto as regras e regulamentações estão sendo escritas, uma tendência que tem despontado nas organizações – em relação ao uso da IA – é a utilização de plataformas que rodam as informações em nuvem local (ou seja, da própria empresa), evitando que dados confidenciais caiam em mãos de terceiros.
Para auxiliar as empresas em cada uma dessas etapas, os executivos indicam que os projetos sejam acompanhados por parceiros digitais. São eles que, independente do segmento, ajudam as organizações a estarem em conformidade com leis, normas e terem acesso às melhores tecnologias do mercado. Dando, enquanto isso, espaço para que as companhias se concentrem nas decisões estratégicas de mercado.
Desenvolvido por: Leonardo Nascimento & Giuliano Saito