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Um terço das empresas globais foi alvo de, no mínimo, sete tentativas de ataques hackers durante o período de doze meses
Os números preocupam as empresas, um levantamento realizado pelo Instituto Ponemon e pela Trend Micro em 2022, com mais de 4 mil empresas de diversos países, mostra que um terço das empresas globais foi alvo de, no mínimo, sete tentativas de ataques hackers durante o período de doze meses.
Ainda segundo a pesquisa, o comprometimento de cibersegurança para 2023 pode subir de 76% para 85%, uma vez que, em geral, a área de negócios das companhias não está completamente alinhada com o setor de tecnologia.
Diante esse cenário as empresas estão se precavendo quando o tema é segurança da informação. Contudo, se elas investem, os criminosos também e, aparentemente, sempre estão um passo à frente, abrindo a discussão do que pode ser feito de preventivo e corretivo referente ao tema.
Corretivamente, já existe há tempos uma modalidade de seguro chamada Cyber. Esses seguros fornecem proteção financeira para empresas em caso de danos causados por incidentes cibernéticos, como ataques de hackers, roubo de dados, interrupção de serviços e outras ameaças à segurança da informação. Eles ajudam as empresas a se protegerem contra perdas financeiras, incluindo despesas legais, de notificação de violação de dados, de recuperação de dados e de interrupção de negócios, que podem resultar de tais incidentes cibernéticos. Além disso, as empresas que adquirem seguros cibernéticos contam com um suporte das seguradoras 24 horas para auxiliar na resposta aos incidentes de segurança da informação.
“Em resumo, os seguros cibernéticos podem ajudar as empresas a minimizar o impacto financeiro de um incidente de segurança e até gerenciar o risco de forma mais eficaz, permitindo que elas se concentrem em suas operações principais e reduzam a preocupação com a segurança da informação”, explica Cristina Camillo, sócia da Camillo Seguros.
Se por um lado corretivamente temos o seguro cibernético, por outro ele não pode prevenir ataques cibernéticos ou garantir que a empresa nunca sofrerá uma violação de dados. Esse serviço fornece uma rede de segurança financeira que pode ajudar a empresa a lidar com as consequências nesses momentos de crise. Um ponto interessante é que esse seguro também pode fornecer serviços adicionais, como avaliações de vulnerabilidades e treinamento de conscientização de segurança, que podem ajudar a empresa a prevenir riscos de incidentes, que é muito melhor do que remediar.
Muito embora o seguro cyber aparenta ser um ótimo mecanismo de segurança, ele pode não proteger totalmente a empresa contra todas as perdas financeiras associadas a um ataque. As empresas também precisam implementar medidas eficazes de proteção, como políticas de segurança de dados, firewalls, criptografia, autenticação de dois fatores e outras medidas para minimizar o risco de incidentes cibernéticos.
“A contratação deste seguro dependerá do perfil do segurado, assim como acontece com o seguro de veículos, é feita uma análise pelas seguradoras de como a empresa possui sistemas de segurança, tanto em políticas, atividade, infraestrutura de hardwares e softwares, formas de tratamento de dados, forma de acesso a seus seus dados dentre outros quesitos para determinar o grau de risco e consequentemente a cobertura e prêmio a ser cobrado, que dependendo do caso, as seguradoras podem nem seguir com o fechamento do negócio”, detalha Camillo.
Afinal, como funciona o cyber seguro?
“Em casos de sequestro de dados, o seguro cibernético pode ajudar as empresas a lidar com as consequências financeiras do incidente. Os sequestros de dados, também conhecidos como ransomware, são uma forma de ataque cibernético em que os hackers criptografam os dados de uma empresa e exigem um resgate para desbloqueá-los”, explica Cristina Camillo.
A maioria das apólices de seguro cibernético cobre os custos de recuperação de dados e o pagamento do resgate em caso de sequestro de dados, desde que a empresa tenha tomado as medidas adequadas de segurança cibernética e cumpra as políticas de segurança da informação estabelecidas pela seguradora.
Em geral, o processo de sinistro começa quando a empresa notifica sua seguradora sobre o sequestro de dados e apresenta uma demanda de pagamento. A seguradora então avalia a demanda e verifica se a empresa cumpriu com as políticas de segurança estabelecidas. Se a demanda é aceita, a seguradora pode cobrir os custos de recuperação de dados e o pagamento do resgate, dentro dos limites de cobertura da apólice.
“No entanto, as seguradoras geralmente exigem que a empresa tome medidas razoáveis de segurança cibernética para minimizar o risco de sequestro de dados e outras ameaças cibernéticas. Isso pode incluir a implementação de políticas de segurança de dados, treinamento de conscientização de segurança e outras medidas de proteção de dados”, finaliza a sócia da Camillo Seguros.
Proteção Tecnológica Além do Seguro Cibernético: Salvaguardando as Empresas de Ameaças Digitais
Embora o seguro cibernético seja uma opção importante para mitigar os riscos, existem diversas medidas tecnológicas que as organizações podem adotar para aumentar sua segurança e reduzir os custos associados ao seguro. Veja os principais itens que sua empresa precisa ter para fortalecer sua postura de segurança e minimizar os riscos de violações, segundo o diretor de Infraestrutura e Segurança da Confirp Contabilidade, Júlio Rodrigues:
Marco Lagoa, co-fundador e CEO da Witec IT complementa que existem também outros itens importantes que as empresas devem considerar ao fortalecer sua postura de segurança, além do seguro cibernético.
Ao adotar essas medidas de proteção tecnológica além do seguro cibernético, as empresas fortalecerão sua postura de segurança, reduzindo os riscos de violações e minimizando os custos associados ao seguro. É importante ressaltar que cada organização deve adaptar essas práticas de acordo com suas necessidades e recursos, além de estar atualizada sobre as melhores práticas de segurança cibernética e as tendências em evolução nesse campo.
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