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Como o Google está redefinindo o trabalho e os negócios em 2025 com inteligência artificial? Especialista explica

Com 93% das empresas brasileiras testando IA, Google aposta na democratização da inovação; especialista diz quais são os principais pontos dessa transformação

27 de agosto de 2025 08:30

O ano de 2025 está sendo marcante e histórico, assumindo um papel de ponto decisivo na relação entre tecnologia e produtividade corporativa. A consolidação da inteligência artificial como aliada estratégica nos negócios ganha força com a adoção massiva de soluções práticas e o Google está se colocando no centro dessa transformação.

A integração do Google Gemini ao ecossistema Workspace, somada a inovações como o AI Overviews e o novo Modo IA no buscador, tem redefinido como profissionais executam tarefas rotineiras, tomam decisões e se comunicam dentro e fora das empresas.

O cenário geral confirma essa transformação. Segundo uma pesquisa da Conversion em parceria com a ESPM, 98% dos brasileiros já conhecem ferramentas de IA generativa e 93% as utilizam de alguma forma. Quase metade (49,7%) afirma usá-las todos os dias. No ambiente corporativo, o movimento é ainda mais forte: 93% das organizações brasileiras já começaram a explorar ferramentas de IA generativa, e 89% estão executando experimentos com essa tecnologia, conforme o levantamento da AWS em parceria com a Access Partnership.

“O que o Google está fazendo em 2025 não é apenas lançar novidades tecnológicas. É traduzir inovação em ganhos reais de produtividade, com ferramentas que cabem na rotina de qualquer empresa, seja ela uma startup ou uma grande corporação”, afirma o especialista em vendas, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e CEO da Receita Previsível, Thiago Muniz.

Por que o ecossistema Google importa agora?

Conforme dados da companhia, o Google processa mais de 5 trilhões de buscas por ano, com cerca de 2 bilhões de usuários diários. Um dos recursos mais recentes, o AI Overviews — que gera resumos com base em IA — soma 1,5 bilhão de usuários ativos mensais em mais de 140 países.

A base consolidada e familiar de usuários permite que a big tech entregue atualizações com impacto imediato. “O diferencial do Google neste momento não é apenas a inovação, mas a capacidade de transformar tecnologia em produtividade real. O Gemini, por exemplo, já está economizando horas de trabalho e contribuindo para tomadas de decisões mais rápidas e embasadas”, analisa Thiago Muniz.

Como usar as novas ferramentas Google para ganhar tempo e melhorar decisões

  1. Gemini integrado ao Workspace: produtividade sem barreiras

Uma das mudanças mais impactantes deste ano foi a liberação total do Gemini para os planos Business e Enterprise do Google Workspace — sem custo adicional. A taxa mensal de US$ 20 por usuário foi eliminada, permitindo o acesso em larga escala a funcionalidades como:

  • Geração automática de e-mails com tom personalizado
  • Criação de apresentações com sugestões visuais e de conteúdo
  • Resumos inteligentes de reuniões
  • Análises de planilhas complexas com linguagem natural

“O Gemini está economizando horas de trabalho diariamente. Além de agilizar, ele melhora a qualidade da comunicação interna, ajuda os times a se organizarem melhor e eleva o nível das entregas”, comenta Muniz.

2. Publicidade inteligente: Performance Max com IA avançada

O Google Ads também foi turbinado. O Performance Max agora oferece mais transparência e controle, inclusive permitindo a exclusão de palavras-chave negativas. A IA atua de forma ainda mais preditiva, otimizando campanhas em tempo real com base nos objetivos de conversão e no comportamento do público-alvo.

Para Muniz, a nova geração de publicidade automatizada representa uma vantagem competitiva clara. “Com as novas configurações, ficou mais fácil medir ROI e ajustar a rota das campanhas em tempo real. Isso é especialmente útil para pequenas empresas que não têm equipes robustas de marketing, mas querem competir com inteligência”, analisa.

3. Modo IA no buscador: respostas mais ricas e personalizadas

Outro marco é o lançamento global do “Modo IA” no buscador do Google, que usa o modelo Gemini 2.5 para entregar respostas mais completas, contextualizadas e visuais a perguntas complexas. A ferramenta vai além do tradicional “resultado com link”, oferecendo resumos, comparações e até recomendações em tempo real — inclusive com vídeos ao vivo, com a busca se tornando, de fato, um assistente inteligente.

4. Reuniões, e-mails e organização automatizada com o Google Beam e o novo Gmail

O Google Beam, nova plataforma de reuniões, também se destaca. Ela usa IA para transformar encontros virtuais em experiências mais próximas das presenciais, com reconhecimento de fala, legendas contextuais e insights pós-reunião.

Já o Gmail, com o suporte do Gemini, agora responde automaticamente e com empatia às mensagens, usando dados do histórico de e-mails e documentos do Drive. A IA organiza a caixa de entrada, sugere compromissos e ainda adapta o tom das mensagens, seja mais informal, técnico ou institucional.

“Tudo isso traz um salto de usabilidade, sem que o profissional precise ‘brigar’ com a ferramenta, porque agora ela trabalha por ele, fazendo uma leitura mais fiel à sua forma de se comunicar”, destaca Muniz.

5. AI Overviews: a nova cara da busca em mais de 40 idiomas

As AI Overviews, lançadas no Brasil em 2024, agora estão disponíveis em mais de 200 países e territórios, com suporte a mais de 40 idiomas, incluindo árabe, chinês, malaio e urdu. Elas oferecem resumos rápidos com links complementares, impulsionando o uso da busca em países como EUA e Índia em até 10%, segundo o Google.

Nos bastidores, tudo é alimentado pelo Gemini 2.5, com capacidade de entender contextos, adaptar linguagem e entregar conteúdo personalizado por perfil de usuário.

Chegou a nova era do trabalho?

O avanço das soluções do Google reflete um novo momento no ambiente corporativo. Segundo a Deloitte, 25% das empresas que utilizam IA generativa implantarão agentes de IA até o final de 2025, o que deve impulsionar a otimização de fluxos de trabalho, aumento da produtividade e eficiência operacional em diversas áreas.

Muniz analisa o impacto mais profundo da IA nas empresas brasileiras: “O que estamos presenciando é uma democratização real da tecnologia. Antes, apenas grandes companhias podiam pagar por automação de ponta. Agora, qualquer empresa com Google Workspace tem acesso às mesmas soluções. Isso nivela o jogo e impulsiona a inovação em larga escala”.

Apesar dos avanços e da popularização das soluções de IA generativa, a adoção em larga escala ainda enfrenta desafios que não podem ser ignorados. Entre eles, estão as preocupações com a privacidade e segurança dos dados corporativos, a necessidade de treinamento contínuo das equipes para uso eficaz das novas ferramentas e os riscos de dependência excessiva da tecnologia para tarefas estratégicas. Além disso, empresas de menor porte podem encontrar barreiras técnicas ou culturais para incorporar essas soluções ao seu dia a dia. “A inovação é poderosa, mas precisa ser acompanhada de políticas claras de governança e educação digital”, conclui Thiago Muniz.

 

Assessoria

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